PREVALÊNCIA DE CRIANÇAS MENORES DE SEIS MESES SOB ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO EM UMA CIDADE DO INTERIOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Andressa da Silva Moura, Carine Dalmolin, Daiane Gervasoni, Luciano Lepper

Resumo


Introdução: O aleitamento materno é fundamental para a saúde e desenvolvimento de recém-nascidos, podendo diminuir o risco de mortes por diarreia e doenças respiratórias. Além disso, a amamentação traz benefícios cognitivos, motores e eleva o estado de saúde global do bebê. Conforme as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) o aleitamento materno exclusivo deve ser mantido até os seis meses de vida do lactente; após este período, a amamentação deve ser associada à alimentação complementar, podendo ser conservado até os 24 meses ou mais. Desta forma, oferecer o aleitamento materno exclusivo no primeiro semestre de vida é a forma de maior eficácia para o adequado desenvolvimento do bebê, pois é o alimento mais apropriado para as necessidades nutricionais desta fase, além de desenvolver inúmeras vantagens imunológicas e psicológicas. Objetivo: Comparar a prevalência de crianças menores de seis meses de idade, que estão sob aleitamento materno exclusivo em dois momentos distintos. Método: Estudo transversal e quantitativo, com informações secundárias, provenientes da base de dados do Sistema de Vigilância Alimentar Nutricional, referente ao número de crianças menores de seis meses de idade em aleitamento materno exclusivo nos anos de 2010 e 2014. As informações são alusivas ao município de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil. Resultados: No ano de 2010, foram avaliadas 1.559 crianças, onde 1.217 (78,06%) estavam sob aleitamento materno exclusivo, representando 73% das 2.159 crianças investigadas no estado do Rio Grande do Sul. As informações do ano de 2014 mostraram que das 2.264 crianças, 98,81% estavam sendo amamentadas de forma exclusiva, totalizando 2.237 crianças. Quando comparadas aos dados do Estado, estas representavam 86% do total de 3.068 lactentes avaliados. Nestes anos citados, foram avaliadas no Brasil 18.100 crianças em 2010 e, 37.248 no ano de 2014. Conclusão: Foi observado que o aleitamento materno exclusivo aumentou na cidade de Caxias do Sul, bemcomo no Estado, comparando as informações de 2010 e 2014. Este dado pode ser devido às inúmeras campanhas de incentivo a esta prática. Também se constatou que, o número de crianças avaliadas no estado do Rio Grande do Sul foi pequena em comparação aos resultados da cidade de Caxias do Sul, pois esta totalizou mais da metade dos resultados em ambos os anos, mostrando uma deficiência de acompanhamento e cadastro desta informação pelos Municípios no Sistema de Vigilância Alimentar Nutricional.

Palavras-chave: Aleitamento Materno; Criança; Necessidades Nutricionais.


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