EDUCAÇÃO EM SAÚDE: um relato de experiência sobre sala de espera

Chaiane dos Santos, Anelise Miritz Borges

Resumo


Introdução: A Atenção Primária em Saúde torna-se ação essencial na prestação do cuidado e, dentre as atividades a serem desenvolvidas está a educação em saúde, a qual pode estimular os usuários à responsabilidade pelo cuidado, gerando o compartilhamento de conhecimentos em prol da saúde. Assim, ao considerar as necessidades dos usuários frente as suas especificidades loco regionais, as Estratégias Saúde da Família (ESF) tem sido um dos espaços com potencial à realização da educação em saúde, cuja sala de espera pode auxiliar tanto na prevenção de doenças como na promoção da saúde. Objetivo: Relatar uma experiência acadêmica vivenciada na disciplina de Saúde Coletiva II, frente à realização de sala de espera em uma ESF de Santa Cruz do Sul. Método: Trata-se de um relato de experiência acadêmica vivenciado no 7º semestre, 2016/1, na disciplina de Saúde Coletiva II, pelo Curso de Enfermagem da Universidade de Santa Cruz do Sul, conduzido em uma ESF de Santa Cruz do Sul. Os temas foram escolhidos a partir do diálogo entre a acadêmica, a docente responsável e a enfermeira da unidade, considerando a realidade da população. As salas de espera foram realizadas semanalmente, nas terças-feiras, das oito às vinte horas e 30 minutos sobre o seguintes temas: influenza, escabiose, tuberculose, pediculose e leptospirose, elucidando sobre o conceito, sinais e sintomas, tratamento e prevenção, apoiados nas orientações do Ministério da Saúde. O número de participantes esteve condicionado às consultas pré-agendadas e/ou demandas. Resultados: Foram realizadas cinco salas de espera com a participação de aproximadamente seis a oito usuários da ESF, por encontro, com maior discussão e interesse quando trabalhado sobre os três primeiros temas. O número maior de usuários esteve relacionado com a presença do médico na unidade. Realizar sala de espera é um assunto pertinente no processo saúde-doença, para ela ter êxito é preciso que os profissionais de saúde e os acadêmicos de enfermagem a valorizem, produzindo ações simples de educação em saúde, de baixa densidade tecnológica que impactem favoravelmente nos hábitos de vida das populações. Considerações finais: Aprender como se realiza esta ação, conduzindo-a de forma ativa na educação em saúde, primando pela coletividade e interesses do próprio campo de estágio, permitiu dupla aprendizagem, tanto para quem a conduziu como para quem a recebeu.
Palavras-chave: Enfermagem; Saúde Coletiva; Educação em Saúde; Estratégia de Saúde da Família.

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