PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE AS POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE DA MULHER

Carolina Correia Bilotti, Carolina Arnaut dos Santos, Mirian Ueda Yamaguchi, Ely Mitie Massuda, Gilberto Cezar Pavanelli, Marcelo Picinin Bernuci

Resumo


Introdução: A saúde da mulher em muitos países não é uma prioridade para os sistemas de saúde. Já no Brasil a implantação de políticas públicas de saúde voltadas a população do sexo feminino ocorre de forma gradativa, tendo início nas primeiras décadas do século XX, sendo que apenas no ano de 2004 houve a publicação da primeira política pública direcionada as mulheres, denominada de Política Nacional de Atenção Integral a Saúde da Mulher (PNAISM) tendo como objetivo melhorar a condição de vida e saúde das mulheres brasileiras, e no ano seguinte surgiu o Plano Nacional de Políticas para as Mulheres (PNPM). Embora existam políticas direcionadas a saúde da mulher, quando aplicadas no contexto nacional é possível perceber lacunas quando se trata de alguns grupos específicos de mulheres. Para efeito de uma melhor compreensão das publicações das políticas de saúde direcionadas as mulheres nesse artigo, objetivou-se avaliar por meio de um estudo cienciométrico o nível do conhecimento e sistematização da produção científica vinculada às Políticas Públicas de Saúde direcionada as mulheres no Brasil. Método: A busca dos artigos foi realizada nas bases de dados PubMed e SciELO utilizando os termos “política saúde mulher” e seu correspondente em inglês “policy woman health acrescido da palavra Brazil. Resultados: Após aplicação dos critérios de inclusão foram selecionados 126 artigos, sendo que 114 referem-se aos eixos da Política Nacional de Atenção Integral a Saúde da Mulher (PNAISM) e 12 relacionam-se a outras áreas temáticas. Destaca-se o eixo da Atenção Obstétrica e Neonatal como o que mais possuí produção científica, correspondendo a 51% das produções, destas publicações, sendo que, os temas mais abordados foram aborto, assistência ao pré-natal e amamentação. O segundo eixo que apresentou grande número de publicações foi o planejamento familiar sendo 16,6% das publicações destacando os temas sobre métodos de contracepção e direitos reprodutivos. Em terceiro lugar as neoplasias que mais atingem as mulheres o câncer de mama e colo com 11,4%. Considerações finais: No Brasil, as pesquisas direcionadas a saúde da mulher continuam a se concentrar em sua maior parte em áreas especificas e comuns a todas as regiões do País. Contatou-se ainda, poucas pesquisas ligadas a hábitos de consumo prejudiciais a saúde e muitas vezes fatores de risco para as principais doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Espera-se com esse estudo que novos campos da saúde da mulher sejam abordados em pesquisas nos próximos anos.
Palavras-chave: Políticas de Saúde; Mulheres; Publicações Científicas.

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