TEXTING: reflexões sobre o ato de digitar no smartphone para a promoção da saúde

Glaukus Regiani Bueno, Fabio Ricardo Acencio, Mateus Dias Antunes, Tiago Franklin Rodrigues Lucena

Resumo


Os usuários de smartphone são capazes de comunicar-se não apenas pela voz, mas também com a utilização teclados (físicos ou virtuais) presentes nos dispositivos e que permitem a interação por meio de texto via SMS (serviço de mensagens curtas), Whatsapp, Viber, Line, Messenger e aplicações de redes sociais como Facebook e Twitter. Como consequência dessa interação com o dispositivo e da cena que vemos das pessoas digitando com as mãos, surgiu o termo texting – ação de se comunicar usando texto. Estas vantagens trouxeram enorme conveniência para a sociedade contemporânea, mas a intensidade do uso contribuiu para o surgimento de alguns problemas psicológicos e físicos que começam a ser delineados e apontados por pesquisas no campo da saúde. Objetivo: Apontar as relações entre o ato de digitar no smartphone com problemas de saúde. Método: O desenvolvimento do presente estudo ocorreu por meio de uma pesquisa bibliográfica de artigos publicados em periódicos internacionais, indexados nas bases de dados Lilacs, Medline, Pubmed e Elsevier. Os descritores utilizados foram: Smartphone, Smartphone and Health, Texting, Health Promotion. O período de busca foi entre os meses de março a agosto de 2016 e após a seleção dos artigos, para extração das definições sobre o tema, procedeu-se à leitura dos mesmos. Resultados: Foram selecionados sessenta e quatro artigos e, baseado na literatura, podemos identificar que os principais relatos sobre as consequências do ato de digitar se enquadram em três níveis que influem diretamente no processo saúde versus tecnologia dos indivíduos. São eles os aspectos psicológicos, físicos e sociais. Pautado nas pesquisas, há a descrição do vício do uso de smartphone, devido ao encantamento e presença contínua do dispositivo, que pode desencadear estresse, distúrbios de sono e depressão, em especial nos usuários mais jovens. No que tange ao fato do texting de forma abusiva, rotineira e, muitas vezes, associada a situações corporais inadequadas, vê-se a presença de problemas musculoesqueléticos importantes, como nas mãos e punhos. A questão social emergida pelo uso excessivo dos smartphones também é descrita nos riscos de acidentes e injúrias que correm os indivíduos andando nas ruas, ônibus e carros, portando e digitando em seus smartphones já é evidente. Considerações finais: Evidenciamos que devido a este cenário traduzido pelo uso massivo, frequente e, por vezes, indiscriminado dos smartphones, ações de promoção da saúde devam ser direcionadas para alertar a população referente a estes riscos biopsicossociais. No entanto, a escassez de estudos remetem a necessidade de mais pesquisas sobre o assunto, com ações interdisciplinares, criação de interfaces, a fim de otimizar o uso e interação biomecânica com o texto.

Palavras-chave: Texting; Smartphone; Smartphone e saúde; Promoção da Saúde; Disfunções biopsicossociais

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