Literatura peruana: a narrativa do trauma

Catiussa Martin, Rosane Maria Cardoso

Resumo


RESUMO: O Peru viveu, entre 1990 e 2000, um período de violência gerado pela guerrilha interna, envolvendo o grupo Sendero Luminoso e as Forças Armadas. Esta comunicação tem como objetivo pensar sobre a atual narrativa peruana, através da literatura de testemunho que busca aproximar o leitor de uma realidade social por muito tempo oculta. O trabalho aborda, igualmente, a necessidade da narrativa para o ser humano como forma de superação de um trauma e, principalmente, como propulsora de uma memória social que trabalha a socialização e o renascimento de um povo. Para esta discussão centramo-nos nas obras La hora azul, de Alonso Cueto e Abril rojo, de Santiago Roncagliolo, narrativas que permitem ao leitor vivenciar os eventos narrados, entre os limites do real e do ficcional. Os autores assumem uma postura ética no âmbito da compreensão e problematização da realidade de um longo período de violência e instabilidade política com uma literatura que não diminui a complexidade, mas que oferece ao leitor uma aproximação com o trauma presente no povo peruano.

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