AS IMPLICAÇÕES DA AFETIVIDADE E DO COLO NO DESENVOLVIMENTO DO BEBÊ

Rafaela Erath, Susana Beatriz Fernandes

Resumo


O presente estudo investiga as concepções e as práticas de cuidado e afeto de docentes que atuam em turmas de berçário. Meu interesse neste estudo foi analisar em que medida as necessidades dos bebês de afeto, e de colo, são consideradas pelos adultos em contextos coletivos de educação e cuidado infantil. Participaram da pesquisa três professoras que atuam em turmas de berçário de uma escola infantil, particular, de Santa Cruz do Sul. As relações de cuidado e afeto, construídas nas interações cotidianas entre bebês e adultos, são fundamentais para que eles se desenvolvam de forma saudável e segura. A perspectiva teórica aqui utilizada teve como referência autores como, Wallon (2010), Cória-Sabini (2004), Carrara (2004), entre outros. A produção dos dados se deu a partir de entrevistas gravadas com as professoras pesquisadas, no contexto da escola. A partir da análise de conteúdo, das entrevistas, foi possível identificar que algumas concepções das professoras vão ao encontro, dos autores estudados, mais especificamente no que se refere à importância do cuidado, do afeto e do brincar. Elas demonstram reconhecer a importância da afetividade, e suas implicações, no processo de desenvolvimento afetivo, social e cognitivo dos bebês. A justificativa para negar colo para as crianças é, segundo as entrevistas, para que não fiquem “dengosas” ou “baldosas”. Isso demonstra a importância, e a urgência, do aprofundamento desse tema para que os direitos dos bebês, em contextos de vida coletivos, sejam assegurados.

 

Palavras-chave: Afetividade. Berçário. Colo. Desenvolvimento.


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