A TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS E COMPORTAMENTAIS E SUAS CONTRIBUIÇÕES NOS SERVIÇOS DE SAÚDE

CLAUDIA DA ROSA, LENI DIAS WEIGELT, GRAZIELA ROSA DA SILVA, WILLIAM VINICIUS KLEINPAUL

Resumo


No decorrer dos anos e com a expansão do mercado, as organizações se multiplicaram e os problemas administrativos se ampliaram. Os modelos de gestão Tayloristas, Fordistas apresentaram restrições, e, atender as demandas sociais se fazia necessário. Foi nesse contexto que surgiu a Teoria das Relações Humanas e Comportamentais (TRHC). O fator humanista surgiu devido à importância da descoberta das questões psicossocial e informal do trabalho, aliados à produtividade. Nessa premissa, alguns estudiosos apresentavam dificuldades em classificar a escola de relações e do comportamento humano, denominando-as de behavioristas (do comportamento), porém há uma sensível diferença, a das relações humanas compreende as pessoas com seus sentimentos e percepções, enquanto a que se refere ao comportamento humano reconhece os sentimentos e atribui ao indivíduo a capacidade de modificações, de tomar decisões e solucionar problemas. Informações adquiridas através de leituras e discussões em grupo na disciplina de Gerenciamento em Enfermagem em Serviços de Saúde do Curso de Graduação em Enfermagem da UNISC tiveram como objetivo analisar o conteúdo das teorias administrativas, em especial A TRHC e as contribuições da mesma nas organizações de saúde. A metodologia utilizada foi a revisão bibliográfica e roda de conversa com a participação dos alunos e da professora em discussões sobre as Teorias Administrativas, e a influência das mesmas nos serviços de saúde e de enfermagem. O interesse por essa abordagem surgiu a partir do entendimento que fatores ligados à natureza humana, como sociais e psicológicos, podem interferir no desempenho profissional e representar desafios a gestão para administrar tais aspectos, nas organizações. Na visão de Douglas McGregor (1960) podem-se encontrar pessoas com estilos diferentes, o X e o Y, sendo o X, aqueles que não gostam de trabalhar, são movidos a estímulos e necessitam de supervisão constante no trabalho. Já o Y se apresenta como responsável altruísta, desenvolve bem o trabalho e o considera importante para sua vida. No que se refere às motivações das pessoas, a Teoria comportamental contou com as contribuições de Maslow que descreve o ser humano motivado por necessidades organizadas hierarquicamente, na qual uma necessidade superior só surgiria após as inferiores estivessem atingidas. Assim, essa teoria deu aos trabalhadores mais voz de ação, porém, além da liberdade de voz se faz necessário entender que cada pessoa se motiva de forma peculiar e existem líderes e funcionários X e Y, e as empresas precisam se adaptar de forma sensível a essas demandas. Portanto, essas informações contribuem para a observação dos modelos de gestão, presentes nos serviços de saúde e de enfermagem, da nossa realidade de trabalho e de práticas e estágios durante o curso de formação profissional. Os modos de gestão, anteriores, não davam conta das necessidades dos trabalhadores, e os atuais, consideram questões pessoais? O profissional enfermeiro nos serviços de saúde, em especial no âmbito gerencial, necessita de informações do contexto, como um todo, mas é fundamental entender que as pessoas precisam ter suas necessidades pessoais satisfeitas para produzir ações com a qualidade desejada pela empresa.


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