MÉTODOS NÃO FARMACOLÓGICOS PARA ALÍVIO DA DOR NO TRABALHO DE PARTO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

CATIUCE PEDROSO, GEOVANA MACHADO SILVA, MARI ANGELA GAEDKE, ARIELE LIMA DE OLIVEIRA, DEBORA DA SILVEIRA SIQUEIRA, FRANCIELLE SCHAEFER, SUELEN GOMES MACHADO, VAGNER GIOVANI OLIVEIRA

Resumo


Os métodos não farmacológicos para alívio da dor no trabalho de parto são, basicamente, cuidados não invasivos prestados às parturientes que podem proporcionar muitos benefícios quando bem-desenvolvidos. Em busca de aliar a teoria com a prática, desenvolvendo os conceitos deste método, os acadêmicos de graduação do curso de Enfermagem do 6º semestre da Universidade de Santa Cruz do Sul, durante as primeiras atividades práticas da disciplina de Enfermagem no Processo de Cuidar - Unidade de Clinica Obstétrica, realizadas no 1º semestre de 2013, em um centro obstétrico de um hospital escola, desenvolveram um estudo a respeito dos procedimentos assistenciais não farmacológicos para alívio da dor durante o trabalho de parto, a partir da realidade vivenciada. O estudo tem como objetivo identificar os métodos não farmacológicos para alívio da dor no trabalho de parto mais adequados para a realidade do centro obstétrico estudado e verificar quais desses métodos eram utilizados pelo cenário de prática. Este trabalho trata-se de um relato de experiência, a partir das atividades desenvolvidas na disciplina de Enfermagem no Processo de Cuidar - Unidade de Clinica Obstétrica, fundamentado por uma pesquisa bibliográfica sobre a temática. Após realizar a revisão da literatura sobre o tema e o acompanhamento das parturientes no centro obstétrico, foi possível identificar os métodos não farmacológicos para alívio da dor no trabalho de parto mais adequados para este cenário. Entre estes métodos estão: a liberdade de movimentação materna em assumir diferentes posições, utilização de bola suíça, o banho de aspersão e a massagem, que pode ser realizada tanto pelo seu acompanhante quanto pelo profissional. Pode ocorrer, todavia, a associação destas técnicas, ampliando os benefícios na busca pela minimização da dor na gestante. Verificou-se também que os métodos mais utilizados pelo cenário de prática são os mesmos métodos considerados como os mais adequados a essa realidade. Concluímos que o cenário prático proporcionou identificar a pouca difusão da realização dos métodos não farmacológicos para alívio da dor no trabalho de parto, muito embora o ambiente dispusesse dos materiais para realização dessa prática, ressaltando que alguns destes necessitam apenas de recursos humanos para sua realização. O estudo possibilitou aos acadêmicos vivenciar a realidade de um centro obstétrico, que se assemelha a muitos outros da rede pública brasileira de saúde. Pôde-se, também, verificar a importância que os métodos não farmacológicos para alívio da dor proporcionam para as parturientes. Além disso, a implementação destas manobras pelos profissionais da enfermagem tornam a assistência humanizada, menos intervencionista e contribui para um trabalho de parto assistido e ativo. É latente, no entanto, que os profissionais de enfermagem necessitam de qualificação, treinamento e, essencialmente, conscientizem-se da importância da incorporação destes métodos em sua rotina, aliando a isso, disponibilidade de recursos humanos e materiais para a efetivação dessa prática na realidade da assistência obstétrica.


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