RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA: PROPOSTA DE UM PLANO DE AÇÃO PARA ANÁLISE DA EFICÁCIA DA AÇÃO SOCIAL EMPRESARIAL

ANA FLAVIA MARQUES, LUANA TORNQUIST, LUANA TORNQUIST

Resumo


Os desafios da pesquisa acadêmica no campo de estudo sobre a Responsabilidade Social Corporativa (RSC) são muitos, especialmente no que se trata de corporações transnacionais localizadas em países em desenvolvimento. Neste sentido, perpassam questões sobre o papel destas organizações diante das sociedades; sobre a ética empresarial; o marketing de construção e afirmação do nome de uma organização em um determinado território, seja ele local, regional ou global; além daquelas relativas aos objetivos, à eficácia e eficiência das ações desenvolvidas. A RSC é um tema atual sendo que, contemporaneamente, a complexidade dos negócios levou as organizações a ampliarem seu papel social, valorizando ainda mais esse tema. A RSC deixou de ser uma ação isolada da empresa e passou a fazer parte da administração estratégica. No entanto, as empresas não têm recebido feedback dos investimentos sociais que realizam, a fim de avaliar quão eficazes são para a comunidade e para o próprio negócio. O trabalho de pesquisa desenvolvido objetivou propor um plano de avaliação - o qual poderá, com um esforço de pesquisa mais aprofundado, traduzir-se em uma metodologia - das ações sociais a serem desenvolvidas pela empresa Japan Tobacco International (JTI), fundamentadas na estratégia Grower Community Programs (GCP), com base em pesquisas sobre metodologia e indicadores de desempenho existentes. Ao realizar a avaliação das ações sociais que desenvolveu, a empresa terá conhecimento de qual é o impacto da respectiva ação sobre o público-alvo, se houve melhoria das condições de vida das pessoas da comunidade, e, por outro lado, se a imagem corporativa foi valorizada, se houve melhoria no relacionamento com os stakeholders envolvidos, e, finalmente, se a ação gerou benefícios mútuos. Com a pesquisa realizada, ficou claro quão importante a RSC tem sido para as empresas multinacionais em geral, uma vez que antes essas empresas eram tidas como exploradoras dos recursos, dos mercados e dos lucros da região onde se estabeleciam, e hoje desenvolvem ações que demonstram comprometimento com o território onde estão instaladas e com as comunidades que dele fazem parte. Portanto, a finalidade da avaliação da ASE definitivamente não é, ou não deveria ser, apenas o reconhecimento da imagem de 'boa empresa', e sim do compromisso e da continuidade de uma atuação socialmente responsável, para alcançar uma atuação ideal em termos de RSC. A RSC deve ser encarada como uma competência, algo natural, e não como um esforço da empresa para atender às necessidades do mercado.


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