Uma das estratégias que pode ser utilizada para incrementar o ensino de Química, além dos ambientes da sala de aula e de laboratórios, pode ser a educação ambiental. Através do uso de livros didáticos que abordem a temática da contextualização ambiental, todo o conteúdo passa por uma teorização, leitura de textos que levem ao aluno uma discussão do cotidiano, ampliando desta forma seu senso crítico. Por intermédio de saídas de campo e fazendo suas observações, o aluno visualiza in loco as questões pertinentes à temática, o que possibilita um aprendizado mais efetivo. No trabalho desenvolvido na escola Alfredo José Kliemann, beneficiada pelo Programa de Iniciação a Docência - PIBID-Química/UNISC, alunos do ensino médio (1°, 2° e 3° anos), utilizaram o livro didático da autora Martha Reis, intitulado Meio Ambiente, Cidadania e Tecnologia, que além de seu conteúdo programático para ensino médio, possui diversos textos e artigos que se propõem a questionar e elevar o senso crítico dos estudantes. São textos que iniciam um capítulo e que de forma ampla tentam colocar o assunto ligado à disciplina, explorando o cotidiano em questões ambientais. Possibilita assim uma abordagem dinâmica, associando as atividades das saídas de campo à situações dos conteúdo curriculares desenvolvido em sala de aula. Nestas saídas de campo é possível destacar visitas a estações de tratamento de água (ETA's), de tratamento de resíduos (ETDI's), aterros sanitários e empresas que possuam políticas de gestão ambiental trabalhando com algum tipo de material ou compostos químicos que tenha potencialidades de causar danos a saúde e ou ao meio ambiente. Após a visita, o aluno é desafiado a criar uma produção textual abordando o que viu e o que pensa a respeito do assunto. Foca-se desta maneira, um modo multidisciplinar de trabalhar a Química com o aluno. De acordo com a fundamentação teórica dada em sala de aula, podemos explorar e explicar fenômenos, formas de produção de matéria e sua transformação de maneira que não se interfira nas questões ambientais agindo de forma preventiva, de conscientização da sociedade. Busca-se, através da argumentação que o aluno exerça com liberdade essas atividades, assimilando o conteúdo de forma autônoma, resultando assim numa aprendizagem significativa, e formação de um cidadão responsável, crítico e ético. Nessa dinâmica, o aluno pode propor ideias de soluções para resolver problemas ambientais dentro do eixo de aprendizagem da Química passando pela leitura, enfoque crítico do que visualiza, trabalhando assuntos teóricos em sala de aula e emitindo sua opinião. A consecução de nossa proposta permitiu observar uma construção positiva de aprendizagem explorando fronteiras além da sala de aula com ampliação de domínios, como comunicação, interpretação de problemas e contextualização social, aspectos preconizados nos parâmetros curriculares nacionais. Palavras chaves: meio ambiente, química, aprendizagem