NÚCLEO DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL/VOCACIONAL: UMA ATIVIDADE DE ESTAGIÁRIOS DO LAPS EM ESCOLAS PÚBLICAS COM ALUNOS DE NÍVEL MÉDIO.

Marlise Werle, Carlos Alberto Lau, Eduardo Steindorf Saraiva

Resumo


Entre as escolhas mais significativas e determinantes do bem-estar e da saúde física e mental de um indivíduo, de modo geral, está a eleição de uma atividade profissional, atividade esta que poderá acompanhar a pessoa durante toda a sua existência, tendo reflexos diretos sobre o indivíduo, seu círculo de relações próximas e até mesmo na sociedade. Esta escolha profissional, na maioria dos casos, ocorre no período da adolescência do indivíduo, quando está cursando o ensino médio, período este de grandes desafios, cercado de muitas incerteza e dúvidas, enfim de grande complexidade na vida de cada sujeito. A orientação profissional, embora não constitua atribuição exclusiva do Psicólogo, encontra neste profissional o mais adequado perfil para exercer a função de orientação ao adolescente que busca estes serviços. O processo de decisão final, que cabe exclusivamente àquele que procura por auxílio, pode ser difícil, multifacetado e não raras vezes motivo de sofrimentos psíquicos. O Núcleo de Orientação Vocacional/Profissional foi criado como uma das atividades desenvolvidas pelos estagiários em Psicologia junto ao Laboratório de Práticas Sociais (LAPS) da UNISC. Tem-se como objetivo transmitir ao público-alvo, preferencialmente adolescentes e complementarmente aos pais e professores se necessário, de forma coletiva (ou individual em casos específicos), conhecimentos e elementos orientativos para reflexão que possam subsidiar a decisão pela escolha profissional. Para este trabalho são previstos 06 encontros semanais, com uma hora de duração, nas escolas estaduais e municipais, contando com o número máximo de 12 participantes por grupo. As atividades são compostas por entrevistas, dinâmicas de grupo, discussões e informações sobre as profissões, aplicação dos testes EMEP (Escala de Maturidade para a Escolha Profissional), Quati (Questionário de Avaliação Tipológica) e AIP (Avaliação de Interesses Profissionais) e devolução individual. Pode-se perceber que a maioria dos orientandos já vinha com uma ou duas ideias de escolhas prontas, sendo, por vezes, uma delas a preferência da família, deixando o orientando em dúvida. Assim, percebeu-se a importância do apoio e da comunicação com o grupo familiar nestas decisões. Os testes apresentaram-se coerentes com as preferências dos orientandos e também com o grau de maturidade percebido durante as entrevistas. Foi frisado que a função da orientação não é definir o caminho que o orientando deve seguir, mas fornecer meios e capacitá-lo para a tomada de decisões. Os grupos atendidos destacaram, ao final, a pertinência dos assuntos e a importância da orientação profissional/vocacional, sendo destacada a reflexão produzida pelos encontros, no autoconhecimento e percepção do outro sobre si.


Palavras-chave: Orientação Profissional; Escolha da Profissão; Autoconhecimento.

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