O Conselho Regional de Desenvolvimento do Vale do Rio Pardo (Corede/VRP) tem o papel de gerar ações e políticas que objetivam o desenvolvimento da região. Através desse órgão são debatidos temas de interesse de todo o Vale do Rio Pardo, articulado e com o envolvimento de distintas entidades e diversos setores da sociedade civil. Com o intuito de pensar o futuro da região, buscar estratégias de desenvolvimento e diminuir as desigualdades, desenvolve atividades de suma importância, como o planejamento regional. Em 1997-1998, iniciou-se a elaboração do primeiro Plano Estratégico de Desenvolvimento Regional. Posteriormente, em 2003, elaborou-se a Agenda Regional 21, oportunizando a criação de um segundo Plano Estratégico de Desenvolvimento Regional (2009-2010). No ano de 2016, iniciou-se o processo de atualização do Plano Estratégico de Desenvolvimento Regional, sob assistência do Fórum dos Coredes, do Governo Estadual, por meio da Secretaria de Planejamento, Mobilidade e Desenvolvimento Regional (SEPLAN) e da UNISC, através do seu PPGDR. Essa nova versão do Plano Estratégico contou com o assessoramento de uma equipe formada por pesquisadores (docentes e alunos) do PPGDR e do Núcleo de Gestão Pública, da Universidade de Santa Cruz do Sul. A pesquisa teve como objetivo levantar e atualizar dados secundários relativos às seguintes dimensões temáticas: caracterização territorial, institucional, sociocultural, econômica, infraestrutural e ambiental, referentes ao Vale do Rio Pardo, a fim de servirem como base para futuros projetos que visem o desenvolvimento da região. Utilizando a metodologia desenvolvida por Allebrandt, Büttenbender e Siedenberg (2010), o trabalho foi dividido em sete etapas, sendo essas: a construção do diagnóstico regional, onde se estabeleceram quais seriam os dados utilizados e as respectivas fontes a serem consultadas; a análise situacional; a identificação das forças, fraquezas, oportunidades e ameaças (FOFA) que permitiu uma análise mais clara sobre as potencialidades, limitações, riscos e desafios regionais; a definição de visão, vocação e valores regionais, constituindo-se os referenciais estratégicos. A quinta etapa, ainda não executada, será o estabelecimento da carteira de projetos prioritários. Na sexta etapa ocorrerá um debate para decidir sobre o modelo de gestão para garantir a execução do plano em construção. Por fim, na sétima etapa ocorrerá a divulgação e a efetiva definição das ações, no sentido de programar o plano aprovado. Todo o processo que se sucedeu até o momento ocorreu de forma participativa e democrática contando com o comprometimento e envolvimento de várias instituições e organizações sociais e órgãos públicos estaduais e federais que atuam na região do Vale do Rio Pardo. Diante disso, destaca-se a importância do planejamento estratégico para os municípios que, além de promover o exercício da cidadania e a cooperação, fomenta a ideia de pensar de maneira regional e não apenas local, oportunizando uma visão ampla do Vale do Rio Pardo e permitindo que, de maneira conjunta, se consiga projetar o futuro que se deseja para a região.