A ligação entre o homem e os animais é muito antiga. Domesticados, os bichos tornam-se companheiros de seus donos, muitas vezes suprindo-lhes as necessidades de afeto e atenção, o que melhora o bem-estar das pessoas. Um pequeno tempo diário dedicado a eles funciona como uma terapia ao ser humano, já que a sensação de chegar a casa depois de um dia de trabalho cansativo e ser recebido com festa deixa qualquer um mais feliz. Hoje em dia, as pessoas se isolam mais e tentam suprir a solidão com animais de companhia. Eles dão menos trabalho do que os seres humanos e são mais compreensivos. A relação entre o homem e os animais é extremamente positiva, trazendo benefícios maravilhosos para ambos, pois se baseia na companhia, na diversão, na redução de tensão, além de o animal atuar como facilitador social, agregando pessoas, diminuindo, assim, o isolamento de indivíduos, especialmente nas grandes cidades, em que as relações sociais encontram-se cada vez menos favoráveis entre os humanos. Muitas vezes, as pessoas se isolam, negando-se a se relacionar com outros seres humanos em função de uma desconfiança doentia, acreditando que ninguém mais é digno de confiança, apenas o animal. Normalmente, são pessoas que, de alguma forma, passaram por decepções ou grandes frustrações na vida. Alguns indivíduos que estreitam muito essa relação com os seus animais de estimação apresentam a famosa ansiedade de separação, ou seja, são pessoas que, inclusive, já apresentavam uma predisposição à dependência ou à dificuldade de relacionamentos e, por isso, veem como um obstáculo a separação de seu bicho, ainda que por pouco tempo. Como consequência disso, dificilmente viajam, passeiam ou têm uma vida social ativa. Por isso, o bom senso deve sempre prevalecer em quaisquer relações, tendo como ideal o equilíbrio das emoções, evitando-se, assim, um grande erro: tratar os animais como pessoas ou crianças. Para alcançar os objetivos propostos por este estudo, a metodologia utilizada é a de caráter exploratório, considerando que, para explicar a base da tomada de decisão individual e o comportamento subsequente, o pesquisador precisa identificar as variáveis mais importantes para a pessoa e aplicar uma técnica sistemática para medi-las. Na fase exploratória, de natureza qualitativa, buscou-se identificar as dimensões que integram o tema a estudar, além de permitir ao pesquisador um maior grau de conhecimento a respeito do tema em foco. O tratamento estatístico dos dados foi conduzido através de procedimentos de estatística descritiva. Com as pesquisas realizadas no campus da UNISC de Venâncio Aires, foi possível apontar que cerca de 90% dos entrevistados acreditam que a convivência homem/animal faz bem para as pessoas. É comum encontrarmos famílias que tomam cães, gatos, pássaros como integrantes da família. Eles complementam as necessidades do ser-humano, oferecendo-lhe amor, amizade e companhia, livre de julgamentos, criando, assim, um forte vínculo afetivo.