ALFABETIZAÇÃO MATEMÁTICA NAS OFICINAS DE APRENDIZAGEM

Douglas Miguel Walter, Bruna do Nascimento, Carla Lavínia Pacheco da Rosa, Helga Irmtraut Kahmann Haas

Resumo


O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência - PIBID/CAPES, Subprojeto Pedagogia da Universidade de Santa Cruz do Sul/UNISC possibilitou uma prática docente, em Oficinas de Aprendizagem, realizada na Escola Estadual de Ensino Médico Goiás, localizada no município de Santa Cruz do Sul, com crianças do 4º e 5º ano do Ensino Fundamental, durante o ano de 2016. O principal objetivo é auxiliar as crianças na aprendizagem de conteúdos matemáticos, tais como os processos de resolução dos cálculos. Como bolsistas, temos a oportunidade de confrontar as aprendizagens realizadas na academia com a prática cotidiana em sala de aula real. As oficinas foram realizadas semanalmente, na quarta-feira, no turno da manhã. De forma lúdica, através de jogos e brincadeiras, procuramos desmitificar a Matemática como um processo somente mecânico. Ao iniciarmos a oficina observamos que as crianças ainda tinham dificuldades em relação à tabuada, necessitando de muito tempo para a resolução dos cálculos, por se tratar de multiplicações e divisões, tinham até de recorrer as suas tabuadas feitas à mão no caderno, para conseguirem finalizar os cálculos. Frente a isso, procuramos desenvolver problemas matemáticos, cálculos e brincadeiras que envolvessem a multiplicação e a divisão. A partir dessas atividades, percebeu-se que as crianças também usavam um único método para a resolução dos cálculos, fazendo “risquinhos” ou “palitos”. Observado isso, problematizamos com elas sobre como fariam esse cálculo com palitos se o número fosse maior. Ficaram intrigadas e sem resposta, nesse momento propusemos às crianças alguns cálculos de multiplicação e divisão com números maiores. Elas tinham que elaborar um método para chegar ao resultado. Terminado isso, pudemos olhar como cada criança entendia e se organizava, diante das dificuldades na resolução dos cálculos. Construímos experiências com materiais que ajudaram as crianças a entender os processos matemáticos. As crianças já conseguem construir seus esquemas e organizar-se melhor mentalmente, entendendo e tendo autonomia na hora de resolver os cálculos. Passaram a não usar mais os materiais concretos como método principal para desenvolver seus cálculos. Usam mais o seu raciocínio e cálculos mentais. A partir dos encontros semanais com as crianças, aprendemos mais do que ensinamos para o exercício da futura profissão, a cada dificuldade um aprendizado e uma descoberta. Vivemos desafios, ainda mais na Matemática, que é tão temida e odiada nas escolas e trouxemos ludicidade.

Palavras-chave: Oficinas de Aprendizagem; Alfabetização; Matemática; Ludicidade.


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