CARACTERIZAÇÃO DOS SUJEITOS ASSISTIDOS PELOS ESTAGIÁRIOS DO CURSO DE FISIOTERAPIA-UNISC EM UMA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: RELATO DA EXPERIÊNCIA

Marciele Renata dos Santos Alves, Murilo Rezende Oliveira, Tania Cristina Malezan Fleig

Resumo


A atuação do fisioterapeuta é entendida como assistência nos níveis de atenção à saúde, porém, sabe-se que quando inserido na atenção primária pode ser reconhecido pela população através das ações de promoção e prevenção de agravos à saúde, bem como, em ações de educação para cuidados em saúde. A Política Nacional de Atenção Básica é a medida criada para dar suporte à atenção básica através dos princípios da equidade, integralidade, organização, descentralização, em territórios específicos para a população, com objetivo de melhoria para a qualidade de vida, propiciando o atendimento universal e em rede de saúde. Tendo funções de ser local de acesso da população para o cuidado da condição de saúde, resolutiva no atendimento e na resolutividade para os casos, além da coordenação do processo de cuidado com ações especificas e através de redes de serviços para assistência nos três níveis de atendimento. É notável a importância do fisioterapeuta junto à Equipe de saúde, interferindo na realidade local, orientando e conscientizando sobre os agravos à saúde, embasado nas políticas públicas para o planejamento de ações que atentam para a comunidade adstrita à estratégia de saúde da família. O objetivo do trabalho é caracterizar o acompanhamento da fisioterapia na Atenção Primária em Saúde junto a uma Estratégia de Saúde da Família (ESF). Diante da inserção dos estagiários da Fisioterapia na Saúde Coletiva, junto à equipe de Saúde da ESF Bom Jesus, são planejadas as atividades de integração ao projeto terapêutico local, incorporando as consultas fisioterapêuticas domiciliares e ambulatoriais, mediante agendamentos prévios na residência ou na unidade de saúde, selecionando os casos para a continuidade do cuidado e para a assistência fisioterapêutica. Todas as informações colhidas junto à Equipe de Saúde geram a visita domiciliar e, a partir desta, são agendados os processos de avaliação para o diagnóstico fisioterapêutico e o estabelecimento do plano terapêutico, sendo eleitos os objetivos e as condutas a serem implementadas para a resolutividade do caso-problema, bem como, reconhecidas as interfaces com os serviços de saúde e com a Equipe do NASF1 e NASF2, através do referenciamento. Os atendimentos são prestados no domicílio ou no ambulatório da unidade de saúde. No período de quatro meses, foram avaliados os prontuários de família dos atendimentos realizados pelos estagiários de fisioterapia, tendo sido realizada a extração das informações. Os resultados evidenciam o predomínio de atendimentos ao sexo feminino, 76,7% dos atendimentos realizados e idades de 39 a 91 anos. Entre os diagnósticos clínicos recorrentes, prevaleceram DPOC, AVE, artrose e artroplastia que somam 39,6% dos casos identificados. A queixa principal relatada foi isoladamente a dor (65,1%), experiência sensorial ou emocional desagradável que pode ocorrer em diferentes graus de intensidade, seguida de falta de ar (9,3%). Quanto ao número de atendimentos, obtivemos uma média de 6 sessões, para os 43 sujeitos assistidos. O fisioterapeuta inserido junto à Equipe de Saúde local desenvolve a competência de atenção à saúde, em ações específicas, e objetiva a melhor integração junto à Equipe e à comunidade, seja na assistência ou na busca de resolução dos problemas na atenção primária, no âmbito individual ou coletivo. Pode-se reconhecer a relevância do suporte para a equipe de saúde local.


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