OTIMIZAÇÃO DO TRÁFEGO URBANO ATRAVÉS DO USO DE SISTEMAS MULTIAGENTES EM AMBIENTE DE SIMULAÇÃO

Bruno Silva de Borba, João Carlos Furtado

Resumo


O acelerado crescimento populacional das áreas urbanas trouxe consigo diversas dificuldades relacionadas à mobilidade, pois a utilização de veículos automotivos se tornou essencial para o deslocamento da população. Com este aumento no número de veículos transitando nas cidades e, devido à falta da estrutura necessária para lidar com essa situação, surgem engarrafamentos que perduram, às vezes, por horas. Estes congestionamentos aumentam a emissão de gases poluentes nestes centros urbanos, além de causar à população grande estresse e gasto de tempo de forma improdutiva. Diversos estudos são feitos por diferentes campos de estudo, na tentativa de solucionar esse problema e, com o avanço da tecnologia, um dos principais meios de estudo recente tem sido a utilização de técnicas da inteligência artificial. Com a intenção de ajudar na administração das vias urbanas, este trabalho tem como objetivo principal verificar através de simulações se, com o uso de agentes inteligentes atuando no auxílio do controle de tráfego urbano, é possível reduzir o tempo gasto em congestionamentos e os danos causados por eles, tanto para o meio ambiente quanto para a população. Ao verificar-se que a principal ação na mitigação do problema de mobilidade nas áreas urbanas é a construção de infraestruturas, a solução proposta neste trabalho tem como intenção o caminho contrário, ao fazer um melhor aproveitamento do espaço físico, aderindo tecnologia inteligente aos atores já existentes no tráfego, dando a eles uma maior capacidade de controle e transmissão de informação de forma dinâmica à população, promovendo um maior fluxo de veículos nas vias urbanas. A utilização um sistema de agentes distribuídos em pontos capazes de indicar as condições do tráfego de automóveis e de fazer alterações na sinalização através de placas de conteúdo dinâmico, que alterem o fluxo do tráfego, tem potencial para evitar engarrafamentos e otimizar o fluxo de veículos. Estas placas poderiam até mesmo ter simples conteúdo informativo em relação à situação do tráfego no momento, sugerindo assim aos veículos a alteração de suas rotas, sendo esta uma forma menos invasiva de controle de tráfego por deixar ainda a cargo do motorista a decisão de sua rota. Após definidas as rotas dos veículos que serão analisadas, são comparados os resultados obtidos no tempo de viagem dos mesmos, entre os modelos com os agentes implantados e sem eles. São também simulados incidentes em diferentes pontos da rota, com a intenção de verificar o comportamento do ambiente de simulação.

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