Tecnicamente concreto é a união de água, cimento, agregado miúdo, agregado graúdo e aditivos, formando um material com uma resistência à compressão satisfatória, porém baixa resistência à tração. O concreto armado serve para suprir essa fragilidade do concreto simples, por isso faz-se uso do aço. Em troca, o concreto fornece ao aço um espaço bastante alcalino que ajuda a formar uma camada de óxido estável que impede a progressão da corrosão. Uma preocupação grande em relação ao concreto é, a cada dia, maior concentração de gás carbônico nas cidades. Esse gás penetra nos poros do concreto e com a umidade natural das estruturas forma um ácido (ácido carbônico). Este ácido resulta em carbonato de cálcio, que gera um fenômeno denominado carbonatação. Outro grande problema é a corrosão pela ação dos íons cloreto. Esses que quebram a película de óxido e são responsáveis pelos maiores índices de patologias em estruturas pelo mundo. Tendo em vista os danos iminentes, essa pesquisa buscou caracterizar os materiais para utilização no concreto e mais adiante a avaliação de dois produtos comerciais cristalizantes de proteção, com objetivo de refinar a rede de poros, minimizando, assim, a entrada de agentes que venham a causar patologias na estrutura, sejam elas a corrosão ou a carbonatação. Para este trabalho foram utilizados como componentes do concreto os materiais: Cimento – CP IV 32; Agregado Miúdo – Areia média; Agregado Graúdo – Brita 1 Basalto; Aditivo – Plastificante. No primeiro momento da pesquisa foi realizada a caracterização dos materiais a serem usados. Após, moldagem experimental pelo Método IBRACON, com o objetivo de conseguir um abatimento de 80 ± 10 mm. Os materiais escolhidos são comumente encontrados na região de Santa Cruz do Sul. Quanto a caracterização, dividimos o trabalho em três partes: cimento, agregado miúdo (areia), agregado graúdo (brita). Com o cimento foi feito o teste de resistência à compressão, rompendo corpos de prova aos (3, 7 e 28 dias), conforme a NBR: 5739/2007. Na parte dos agregados, embasado pela NBR: NM 248/2003, na areia foi determinado a composição granulométrica, na qual, obtiveram-se os dados curva granulométrica, módulo de finura e diâmetro máximo característico, além disso, foi feito o ensaio de massa específica. Com a brita foi determinada a composição granulométrica, o diâmetro máximo característico e foram executados ensaios para ter valores de índice de forma e massa específica. Todos os dados obtidos indicam que os materiais utilizados atendem as exigências normativas, logo foram classificados e com isso alcançou-se os objetivos esperados, seguindo o desenvolvimento do estudo de dosagem e posterior pesquisa da eficiência dos produtos de proteção nas determinadas características do concreto.