ATIVIDADE FÍSICA ADAPTADA PARA AUTISTAS

Leonardo Berger Velasques Cunha, , Letícia Maria dos Santos, Leilane da Cruz, Elenice Berger, Sâmara Berger

Resumo


Atividade Física Adaptada para Autistas

Sâmara Berger, Elenice Berger , Leonardo Berger Velasques Cunha, Letícia Maria dos Santos e Leilane da Cruz

1 Departamento de Educação Física e Saúde, Universidade de Santa Cruz do Sul

2 Bacharel em Educação Física, Universidade de Santa Cruz do Sul

3 Bacharel em Educação Física,Universidade de Santa Cruz do Sul

4 Licenciatura em Educação Física, Universidade de Santa Cruz do Sul

5 Bacharel em Educação Física, Universidade de Santa Cruz do Sul

 

Os transtornos do espectro autista são considerados como um distúrbio neurológico caracterizado por comprometimento da interação social, comunicação verbal e não-verbal e comportamento restrito e repetitivo. O autismo afeta o processamento de informações no cérebro, alterando a forma como as células nervosas e suas sinapses se conectam e se organizam através dos neurotransmissores importantes, como dopamina, seretonina, noradrenalina e ossitocina. Devido a isto não se concebe mais pensar na Educação Física adaptada desvinculada à educação geral de pessoas com necessidades educativas especiais, especificamente com diagnóstico de autismo. Sendo isto possível através da construção de momentos pedagógicos estruturados em ambientes e materiais que favoreçam as manifestações sócias afetivas. Temos como objetivo utilizar uma metodologia ativa e relacional em crianças com diagnóstico de autismo nos municípios de abrangência da UNISC, para assim atender as necessidades de trabalhar a corporeidade através de estímulos lúdicos, psicomotores, sócio-afetivos, criando situações de interação que os provoque para que descubram e explorarem as 'eficiências' de autista como uma possibilidade para o seu desenvolvimento neuropsíquicocognitivo. O projeto tem parceria com associação Luz Azul de Santa Cruz do Sul, assim contemplando as Políticas Públicas de Inclusão Social. São quatro sessões semanais onde duas são realizadas na piscina, com estímulos e exploração do meio liquido e duas sessões no ginásio que tem a duração de 60 minutos que englobam sessões/circuitos  desenvolvendo habilidades psicomotoras através da metodologia da psicomotricidade relacional, com a participação dos familiares, para desafiar o  controle de seu corpo através do: contato corporal, vozes, olhares, gestos,  descentração, socialização, escuta, compartilhamento, estabelecendo laços com os que os rodeiam, segurança e autonomia progressiva. Mesmo nos casos severos de autismo, como de insegurança e inabilidades motoras, os participantes demonstram um avanço importante no desempenho físico, emocional, na interação social, comunicação, autonomia e na sua autoestima. Atraves do relato dos seus familiares apresentam uma melhor adaptação nos ambientes que participam no cotidiano. O desafio de adaptar-se ao meio líquido foi vencido com muita facilidade, locomovendo-se, explorando e soltando o corpo, reduzindo a rigidez muscular e buscando de forma natural a interação com o meio. Percebemos a redução de comportamentos de auto e heteroagressão, pois manifestam um temperamento alegre, leve e solto. As crianças se tornam mais receptivas, mais tolerante com o próximo, havendo assim uma diminuição da dosagem de medicação pela estimulação neuroquímica provocada pelo movimento lúdico e uma melhor interação do autista com seu círculo relacional. Este conjunto  tornou plausível uma melhor qualidade de vida social e familiar.

 

Palavras chaves: Educação Física Adaptada ; Psicomotricidade Relacional; Autismo.

 


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