ESTILO DE VIDA E APTIDÃO FÍSICA RELACIONADA AO DESEMPENHO MOTOR EM ESCOLARES DE UM MUNICÍPIO DO SUL DO BRASIL

Hildegard Pohl, Miria Suzana Burgos, Paulo Horacio de Souza Lengler, Miriam Beatrís Reckziegel

Resumo


ESTILO DE VIDA E APTIDÃO FÍSICA RELACIONADA AO DESEMPENHO MOTOR EM ESCOLARES DE UM MUNICÍPIO DO SUL DO BRASIL

 

Paulo Horacio Souza Lengler

Hildegard Hedwig Pohl

Miria Suzana Burgos

Miriam Beatrís Reckziegel

 

INTRODUÇÃO: Nos dias atuais surgem constantemente o oferecimento de grande gama de tecnologias, que efetivamente facilitam o cotidiano das pessoas. No entanto, permanecer sentado em frente à tela de dispositivos tecnológicos durante horas é uma prática comum, principalmente entre jovens. A exposição demasiada às atividades de tela caracteriza um estilo de vida insuficientemente ativo e pode gerar prejuízos à saúde e a aptidão física, ao contrário, escolares que dispendem mais tempo na prática de atividades físicas durante o turno inverso, demonstram melhores índices de aptidão física e composição corporal. A aptidão física relacionada ao desempenho motor (ApFRDM) é composta por variáveis que são responsáveis por tornar o indivíduo mais eficiente nos esportes. Nesse sentido, muitos escolares com baixa aptidão física se distanciam de atividades físicas por se sentirem incompetentes e inaptos em apresentarem um bom desempenho, optando por um estilo de vida menos ativo, pressupondo que atividades físicas e os esportes são atividades destinadas aos escolares mais capacitados, não considerando que é a prática sistemática de atividades físicas que possibilita ao indivíduo uma melhor aptidão física. OBJETIVO: O presente estudo transversal teve como objetivo investigar o estilo de vida e a ApFRDM em escolares. METODOLOGIA: A amostra foi composta por 56 escolares, com idades entre 11 e 17 anos, pertencentes a uma escola pública do município de Taquari-RS. O estilo de vida foi avaliado através de um questionário adaptado de Barros e Nahas, utilizado na pesquisa de Burgos et al., observando as recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria que indica que adolescentes não devem permanecer mais de 2 horas diárias em exposição a meios eletrônicos, assim como da Organização Mundial da Saúde (OMS) que recomenda a prática mínima de 60 minutos diários de atividade física. As variáveis da ApFRDM, força dos membros inferiores, força dos membros superiores, velocidade e agilidade foram avaliados de acordo com os protocolos do Projeto Esporte Brasil (PROESP-BR). Os dados foram analisados pela estatística descritiva por meio de média, frequência e percentual. RESULTADOS: Os resultados apontaram elevada frequência de escolares com mais de 2 horas diárias (94,6%) de atividades sedentárias, 67,9% relataram possuir computador com acesso à internet em sua residência e 71,4% possuir seu próprio telefone com acesso à internet. Considerando o tempo dedicado a atividade física, 55,4% dos escolares foram considerados insuficientemente ativos, assim como foram encontrados níveis abaixo do ideal em 57% para todos os componentes da ApFRDM. CONCLUSÃO: Os resultados apontam que os escolares apresentam um elevado nível de comportamento sedentário, limitada prática de atividade física e baixos níveis de aptidão física relacionada ao desempenho motor. Evidenciando que a presença de hábitos sedentários vem se tornando comum entre escolares, destaca-se a necessidade de ofertar oportunidades que sejam capazes de atrair o público investigado para a prática de atividade física regular, visando compensar ou substituir o tempo de inatividade física em frente à tela de dispositivos tecnológicos, almejando uma melhor aptidão física e manutenção da saúde.


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