PREVALÊNCIA DE EXCESSO DE PESO EM ESCOLARES AVALIADOS PELO PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA (PSE) EM CONJUNTO COM BOLSISTAS DO PET-GRADUASUS

Patrik Nepomuceno, Maique Rodrigues Vieira, Ediane Borges Torres Franz, Lisiane de Oliveira, Priscila Borges Sanfelice Pereira, Lia Gonçalves Possuelo, Clauceane Venzke Zell

Resumo


O Programa Saúde na Escola (PSE) é uma política intersetorial e interministerial (Ministério da Saúde e Ministério da Educação e Cultura) que visa à articulação da educação e da saúde, proporcionando melhorias na qualidade de vida dos educandos. Essa política engloba tanto as ciências da saúde quanto a educação, em que as áreas se unem para promover saúde e educação integral. Assim, a articulação entre escola e rede básica de saúde é a base do PSE. A regulamentação deste programa se deu através do decreto Nº 6.286/2007, onde fica instituído o PSE com a finalidade de contribuir para a formação integral dos estudantes da rede pública de educação básica, por meio de ações de prevenção, promoção e atenção à saúde. Entre as ações essenciais previstas pelo programa, está o diagnóstico local em saúde do escolar, sendo realizada antropometria, avaliação da saúde bucal, acuidade visual e da situação vacinal. De acordo com dados do Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) a prevalência de obesidade e a má alimentação estão cada vez mais frequentes em nossa população, sobretudo em crianças e adolescentes. Nesse sentido, este trabalho tem como objetivo identificar a prevalência de excesso de peso em alunos de uma escola municipal de ensino fundamental de Santa Cruz do Sul, RS, participantes do PSE. Trata-se de um estudo descritivo quantitativo e exploratório. A avaliação dos alunos aconteceu no espaço da escola realizada pela equipe de saúde com o auxílio dos alunos do PET-GraduaSUS, da Universidade de Santa Cruz do Sul. Para a avaliação antropométrica utilizou-se balança digital e fita métrica fixada à parede, e a coleta ocorreu nos meses de maio e junho de 2017. Na sequência, os dados foram digitados no software Microsoft Excel 2016, para então, os alunos serem classificados de acordo com o Percentil no Índice Antropométrico IMC x idade. A prevalência de excesso de peso deu-se pela soma dos valores de sobrepeso, obesidade e obesidade grave. Após isso os alunos foram divididos em dois grupos conforme a idade: crianças (5 a 10 anos) e adolescentes (>10 anos). Os dados foram expressos em números absolutos e em percentuais. Neste estudo, foram avaliados 300 estudantes na faixa etária de 5 a 17 anos matriculados na escola, sendo 148 crianças e 152 adolescentes. Através da avaliação percebe-se que a maior parte dos alunos apresenta peso adequado, sendo classificadas como eutróficos 95 crianças (64,20%) e 94 adolescentes (61,80%). O excesso de peso foi identificado em 34,5% das crianças e 35,5% dos adolescentes, o que vai ao encontro dos dados municipais que são, respectivamente, 35,58% e 33,39%, conforme SISVAN, 2016. A prevalência nacional de excesso de peso é 28,9% em crianças e 25,56% em adolescentes. Podemos perceber que apesar da maior parte dos alunos da escola estarem dentro dos padrões considerados normais, devemos priorizar ações de prevenção ao excesso de peso no território, levando-se em conta que a prevalência municipal é maior que a nacional. Dessa forma, deve-se dar maior atenção a linha de ação “Ações de Segurança Alimentar e Promoção da Alimentação Saudável”, prevista na legislação que regulamenta o PSE.


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