MEMBRO FANTASMA: CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA E FISIOTERAPIA NUM SERVIÇO DE REABILITAÇÃO FÍSICA

Michele Dariva Haetinger, Tatiana Lasch de Souza, Franciele da Silva Moitoso, Carina Ferreira dos Santos, Cristina Ferreira da Silva, Marcus Vinicus Castro Witczak, Rafael Kniphoff da Silva

Resumo


A temática do membro fantasma permanece convocando os profissionais de Psicologia e Fisioterapia a socializar suas contribuições e experiências produzidas no âmbito da reabilitação física, tendo em vista o contexto e a necessidade de realizarmos uma clínica cada vez mais integrada. O presente estudo busca refletir sobre este fenômeno, que Teixeira (2006) coloca como um sofrimento que o sujeito manifesta no corpo, o que pode exigir do psicoterapeuta uma atenção e escuta às experiências do mesmo. De outra forma, a posição do profissional fisioterapeuta torna-se necessária para avaliar as necessidades dos indivíduos amputados, com intuito de auxiliá-los da melhor maneira possível no desenvolvimento de suas atividades de vida diária. O objetivo da pesquisa é evidenciar a importância da área de Psicologia e Fisioterapia no processo de reabilitação física de amputados que manifestam a sensibilidade do membro fantasma. Metodologicamente, este trabalho se fundamenta a partir de uma revisão bibliográfica, referente a leituras e considerações de duas importantes áreas da saúde num serviço de reabilitação física: Psicologia e Fisioterapia. Hellman et al. (2015) ressaltam que a dor do membro fantasma pode ocorrer logo após o trauma ou demorar meses ou anos para apresentar-se no indivíduo, causando, muitas vezes, mudanças no sistema psicológico, tais como, a depressão, acarretando diretamente na qualidade de vida desses indivíduos. Essa dor pode estar relacionada com o período do dia, sendo muito intensa à noite. Os sintomas geram um grande desejo do amputado a movimentar o membro fantasma, para tentar aliviar o desconforto sentido no coto (GIUMMARRA; BRADSHAW, 2010). Os profissionais de Fisioterapia ressaltam que a amputação de membro superior pode acontecer por diversos fatores, como doenças, traumas e/ou cirurgias. Verifica-se que entre 50% a 80% dos indivíduos que passam por amputação de membro superior sofrem de dor do membro fantasma. Até 80% dos amputados sentem dor fantasma, sendo essa dor definida como ardor ou formigamento, bem como do estilo cólicas ou apertos, e também dores como “esfaqueamento” e “tiros” (GIUMMARRA et al., 2007). A sensação fantasma é um fenômeno que acomete pacientes submetidos à amputação de qualquer um dos membros, e essa pode estar acompanhada ou não de dor. Quando há dor, Hellman et al. (2015) coloca que pode ocorrer logo após o trauma ou demorar meses/anos para apresentar-se no indivíduo, causando muitas vezes impactos psicológico como a depressão, ou ainda o aparecimento de três fases, tais como a negação, a raiva e a aceitação, as quais estão diretamente ligadas à qualidade de vida dos indivíduos (SAMPOL, 2010). Concluímos com o pensamento de Benedetto, Forgione e Alves (2002) que consideram a integração corporal significativa para o paciente amputado. Esse precisa acolher a perda do membro, para a integração com o instrumento mecânico - a prótese, e com os próprios músculos para que a reabilitação seja positiva. Dessa forma, profissionais de Psicologia e Fisioterapia colaboram com o bom resultado desse processo de ter o controle de seus movimentos, diante da aceitação da perda, bem como na maneira de se relacionar consigo mesmo e com os outros de forma autêntica.


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