ENFERMAGEM NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM SALA DE ESPERA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Tatiane Regina da Silva, Anelise Miritz Borges

Resumo


Introdução: A educação contribui para a geração de mudanças na atenção à saúde, o que possibilita aos sujeitos, a obtenção de informações por meio do diálogo e da busca pela conscientização concernente à promoção da saúde. Logo, aliar educação na sala de espera, em unidades de saúde é uma das maneiras de desenvolver a problematização e a troca de conhecimentos. No cenário da atenção primária em saúde, essa forma de atuação também pode ser conduzida pelo enfermeiro, aproximando-o mais da realidade expressa pela comunidade a que assiste. Objetivo: relatar uma experiência acadêmica sobre a prática de educação em saúde em sala de espera, em uma Estratégia Saúde da Família. Metodologia: estudo descritivo, do tipo relato de experiência, desenvolvido junto à uma Estratégia de Saúde da Família (ESF), do município de Santa Cruz do Sul, conduzido por acadêmicas do Curso de Enfermagem, da Universidade de Santa Cruz do Sul, com supervisão docente, estas vinculadas à disciplina de Coletiva II. Foram realizadas três ações de educação em saúde da sala de espera, à população que aguardava atendimento, em três manhãs distintas, com duração de 10 a 20 minutos cada. Os temas foram definidos juntamente com a enfermeira da unidade de saúde, sendo eles: tuberculose (na semana da prevenção à doença), lavagem das mãos (uma visão preventiva) e Vacina Influenza (tipos de vírus, reações e grupos prioritários). Como suporte científico, o apoio se fez pelos cadernos de atenção à saúde, disponibilizados pelo Ministério da Saúde e artigos científicos atuais. A exposição foi do tipo dialoga, utilizando folder explicativos e imagens para ilustração dos temas. Principais resultados: participaram, em média, 10 pessoas em cada momento educativo dialogado, e pode-se perceber o desconhecimento dos usuários acerca das temáticas, o que contribuiu para atrair a atenção dos mesmos, sendo que geralmente duas a três pessoas interagiam mais. Ao abordar sobre a tuberculose, um usuário interagiu mais na conversa, referindo-se sobre o processo de coleta de material e cuidados para tal. Sobre a lavagem das mãos, foi salientado sobre a importância da higiene na prevenção de várias doenças, demonstramos a técnica e o que poderiam utilizar nesse processo, sendo sugerido álcool, água e sabão. Nessa abordagem, uma pessoa interagiu mais, trazendo questionamentos sobre a relevância de lavar as mãos ao chegar da rua e antes das refeições. Sobre a vacina influenza, foi ressaltado sobre as três cepas constituintes, o período da campanha, os grupos prioritários, o local de aplicação e situações de contraindicação. Duas usuárias do serviço reforçaram que iriam fazer a vacina e questionaram sobre a possibilidade do feto ficar imune diante da gestante estar vacinada. Conclusões: a organização e o desenvolvimento da sala de espera na ESF representaram um desafio às acadêmicas, pois exige persistência e uma intensa preparação e reflexão para a discussão das temáticas, o que contribui para momentos esclarecedores tanto para os usuários como de muita aprendizagem às estudantes. Apesar do pouco questionamento por parte dos usuários, percebeu-se que se mantinham atentos e alguns, mais curiosos aos temas propostos. Ação que também permitiu aproximar o serviço do usuário e dos interesses da comunidade, viabilizando por meio da educação em saúde, a prevenção de doenças e a promoção da saúde, multiplicando saberes em prol de uma saúde coletiva.


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