A Ruptura Prematura de Membranas (RPM) é um grande desafio para equipe obstétrica, apresentando alto índice de partos pré-termos, e sendo um dos mais altos fatores epidemiológico de mortes perinatais. Caracteriza-se como RPM a rotura espontânea das membranas coriônica e amniótica antes do inicio do trabalho de parto e, consequentemente, a perda de líquido amniótico, independente da idade gestacional. Quando ocorre entre a 20° e a 37°semana de gestação é considerada RPM de pré-termo, já acima dessa idade será considerado termo, quando instalada, a gestação passa de normal para gestação de alto risco, se ocorrer antes da 20° semana será considerado aborto. O período entre a RPM e o parto é chamado de período de latência, quanto maior esse período aumenta as chances de o feto pré-ermo alcançar a maturidade pulmonar, porém maior será o risco de infecção para binômio materno-fetal. O período de latência prolongado antes da 34° semana de gestação viabiliza a utilização de corticoides antibióticos antenatais, por possibilitar maior desenvolvimento dos sistemas fetais. O diagnóstico é clinico constatando através de extravasamento de líquido amniótico e confirmada por exame especular e por ultrassonografia, a maioria dos casos de RPM não possui uma causa identificada, porém são associadas a infecções urinárias, infecções genitais, incompetência istmo cervical, entre outras. Com a RPM para a riscos mãe em maior incidência são a corioamnionite e sepse. Já para o feto aparecem na maioria em partos pré-termo, em que o neonato necessita de internação em UTI neonatal, suporte ventilatório e antibioticoterapia para tratamento de infecção neonatal ou mesmo que de maneira profilática. O objetivo deste estudo foi discorrer sobre a ruptura prematura de membranas ovulares, e os fatores de maior incidência de riscos para esse acontecimento, traçando um paralelo entre as referências encontradas. Assim, caracteriza-se como um estudo descritivo realizado através de revisão bibliográfica, durante o mês de julho de 2017, período em que foram realizadas as pesquisas em bases de dados online utilizando o descritor ruptura prematura de membranas. Entre os autores há um consenso de que o fator de risco de maior incidência são as infecções do trato urinário, seguido de outros como antecedentes de parto prematuro, incompetência istmo cervical e outros, a idade materna que prevaleceu entre as mulheres estudas com RPM foram entre 18 a 30 anos, e a incidência de partos com RPM foi prevalente entre todos os autores aparecendo entre 8 a 10%, já a incidência em partos pré-termos variou de 2 a 4%.  De acordo com as referências, conclui-se que apesar de a RPM ser prevalente em parto de termo, esta é uma condição que contribui para elevar o a ocorrência de prematuridade e seus agravos e também para a morte neonatal, e que a pesar de não se ter uma causa identificável para esse acontecimento, existem vários fatores de riscos e, alguns deles, podem ser identificados e tratados quando feito um pré-natal como preconizado pelas organizações de saúde.