INTERVENÇÃO DO FISIOTERAPEUTA EM PACIENTE PÓS AVE NO SRFIS - UNISC: UM ESTUDO DE CASO

Leticia Luzia dos Santos Fernandes, Joana de Lima Goes, Bianca Luisa Morais, Rafael Kniphoff da Silva, Ângela Cristina Ferreira da Silva

Resumo


O Projeto Serviço de Reabilitação Física (SRFis) da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), conveniado ao Mistério da Saúde desde 2009, é referência da rede de Saúde para 68 municípios da Região dos Vales no que se refere aos pacientes neurologicamente comprometidos e amputados. Na questão neurológica, usuários com sequelas de Acidente Vascular Encefálico (AVE) vêm sendo os pacientes com um dos diagnósticos mais encaminhados. Ressalta-se que o início agudo do déficit neurológico que resulta de algum distúrbio na circulação sanguínea cerebral caracteriza o AVE, sendo essa uma das maiores causas de sequela permanente e a terceira de morte no mundo. Nesse sentido, o fisioterapeuta se faz importante acompanhando o paciente no pós-AVE, contando com recursos da cinesioterapia e mecanoterapia, os quais poderão auxiliar na redução dos sintomas indesejáveis e na sua evolução, garantindo maior independência funcional nas atividades de vida diária e na sua reinserção à sociedade. Os objetivos são: planejar e executar uma proposta terapêutica a usuário do serviço com sequela de AVE e proporcionar a execução das atividades diárias com menor ou nenhuma dificuldade. Em relação à metodologia, trata-se de um estudo de caso realizado no ano de 2016 com a paciente T.B.S. do sexo feminino, de 28 anos, dona de casa, cadeirante, residente no município de Cachoeira do Sul - RS, usuária do SRFis. Dois anos pós-AVE, possui o hemicorpo direito acometido levando à atrofia severa, assim acometendo também o membro inferior esquerdo pela não realização do posicionamento em ortostase. Foram realizados treze atendimentos de fisioterapia, em que preconizou-se: alongamentos de membros superiores e membros inferiores, atividades de motricidade ampla, fina e de vida diária, exercícios para aumentar a amplitude de movimento das articulações acometidas e equilíbrio do tronco. Para maior qualidade dos atendimentos, utilizamos dispositivos de mecanoterapia como: bola suíça, bastão sem peso, faixa elástica, jardim japonês, tábua de AVDs e disco de propriocepção. Após os treze atendimentos de fisioterapia, realizou-se uma reavaliação em que a paciente demonstrou as seguintes melhoras: aumento da amplitude dos movimentos de abdução e adução no membro superior direito, da força muscular e de forma menos significativa observamos o aumento da amplitude de movimento das articulações de membro inferior e também do equilíbrio estático e dinâmico do tronco. O trabalho do fisioterapeuta se torna relevante na medida em que contribui para a promoção, recuperação e reabilitação do paciente pós-AVE, garantindo-lhe maior independência funcional e possibilitando o retorno a suas atividades de vida diárias com maior independência.

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