ESTADO NUTRICIONAL E AÇÕES EDUCATIVAS COM ESCOLARES ACOMPANHADOS PELO PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA

Amanda Luisa Kessler, Ana Paula de Moraes, Carine Lima Ellwanger, Denise Wojahn de Lima, Francisca Maria Assmann Wichmann

Resumo


A escola caracteriza-se como um local privilegiado para as práticas de promoção de saúde e de prevenção de agravos a doenças, uma vez que esse ambiente colabora na construção de valores pessoais, conceitos, crenças e formas de ver o mundo, interferindo de maneira direta na produção social da saúde. Busca-se, assim, analisar o estado nutricional de escolares na faixa etária de 5 a 17 anos e avaliar a realização de uma ação educativa de promoção da alimentação saudável com os estudantes. Este é um estudo de caráter transversal, realizado no período de março a abril de 2017, na Escola Municipal de Ensino Fundamental Bom Jesus, localizada no município de Santa Cruz do Sul - RS. Como parte das ações do componente I do Programa Saúde na Escola (PSE), realizou-se a avaliação antropométrica, através de aferição de peso e estatura, de 328 alunos da pré-escola ao 9º ano do ensino fundamental. Para análise dos dados, utilizou-se as curvas de crescimento “Estatura para idade (5 - 19 anos)” e “IMC para idade (5 - 19 anos)” da Organização Mundial da Saúde. Em relação às ações do componente II do PSE, foram realizadas oficinas educativas sobre alimentação saudável com turmas do 4º e 5º ano. Resultados: Dos 328 alunos avaliados, 50,9% eram do sexo masculino e 49,1% do sexo feminino, com idades entre 5 e 17 anos.  Quanto à classificação de estatura para idade, dentre os escolares do sexo masculino, 8,4% apresentaram déficit estatural e 91,6% apresentaram estatura adequada para idade. Em relação, ainda, à mesma classificação, dentre as estudantes do sexo feminino, 1,9% apresentaram déficit estatural e 98,1% apresentaram estatura adequada para idade. Relativo ao IMC para idade, 4,2% dos meninos classificaram-se em magreza, 68,9% em eutrofia, 10,2% em sobrepeso e 16,8% em obesidade. Quanto às meninas, 4,3% apresentaram magreza, 71,4% classificaram-se em eutrofia, 13% em sobrepeso e 11,2% em obesidade. Em relação à percepção dos estudantes frente às ações de enfoque nutricional realizadas, observou-se grande aceitação e retorno positivo por parte dos mesmos, visto que todos os alunos demostraram interesse e participção ativa nas ações realizadas. Através dos relatos, ainda, observou-se a satisfação dos mesmos sobre as atividades. Considerações finais: Apesar da maioria dos educandos estarem classificados em estado de eutrofia, salienta-se o expressivo número de crianças e jovens com sobrepeso e obesidade. Esse achado evidencia a necessidade do cuidado e atenção ao público infanto-juvenil, a médio e longo prazo, dado que essa faixa etária apresenta potencial risco para o desenvolvimento de doenças associadas ao peso excessivo.

 

 


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