XADREZ: UM PROJETO INTERDISCIPLINAR

Leonardo Müller Frantz, Ernesto Alves, Camilo Darsie de Souza

Resumo


Neste trabalho, são apresentadas as experiências acerca do desenvolvimento de uma oficina de Xadrez, iniciada em março de 2017 e em desenvolvimento até o presente momento. A oficina faz parte das atividades do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), Subprojeto Interdisciplinar, da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e abrange estudantes das turmas de 6º ao 9º anos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Duque de Caxias, em Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil. Este projeto almeja educar os alunos por meio de uma prática lúdica, reconhecida por desenvolver diversas habilidades como o raciocínio, a inteligência, a paciência, a concentração, a memória, o planejamento e a capacidade de tomar decisões importantes. Desse modo, o Xadrez, como vem sendo entendido atualmente, é utilizado como uma ferramenta que auxilia na educação das novas gerações e, através da comunicação pedagógica, é capaz de oportunizar o uso interdisciplinar dessas habilidades. Além disto, trabalha-se aspectos específicos acerca dessa modalidade de jogo, como o passado histórico, social e cultural do xadrez. A oficina é realizada através da prática, ou seja, de partidas de Xadrez, que visam estimular os alunos e alunas a analisarem e refletirem sobre suas jogadas e decisões, criando as próprias estratégias após a apresentação de aberturas clássicas na modalidade. As oficinas também contemplam atividades diferenciadas e (ou) coletivas, buscando trazer variedade para a prática do xadrez e integrar os alunos com seus colegas. Em uma delas, os alunos são convidados a auxiliarem o professor a ensinar xadrez aos estudantes das séries iniciais da escola durante o intervalo, os alunos aprendem se colocando no lugar do professor. Em outras atividades são ensinadas diferentes modalidades de xadrez, como o “xadrez da velha”, uma mistura com jogo da velha, e o xadrez de troca, o “Australiana”, que é jogado com quatro integrantes e dois tabuleiros, em que as peças capturadas são trocadas, estimulando de maneira ainda mais expressiva a paciência e o improviso, devido ao jogo mais longo e variável. Evidencia-se a avidez dos alunos pelo conhecimento e o desenvolvimento de uma competitividade saudável, baseada na determinação de melhorar seus esquemas de jogo. Eles procuram novas estratégias e ideias, trazendo isso para aula e gerando trocas de informações, tanto com o educador quanto com seus colegas, criando, assim, uma atmosfera integradora. Por fim, é observado que o xadrez tem um processo de trabalho que instiga a construção lógica, que reforça a atenção do aluno na oficina e em suas atividades regulares em sala de aula.


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