GERAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE BIOGÁS PARA CURA DO TABACO EM ESTUFAS

Guilherme Augusto Assmann, Diosnel Antonio Rodrigues Lopez

Resumo


Introdução Biodigestores vêm mostrando que são uma opção muito popular para resolver problemas de tratamento dos dejetos, principalmente esterco e outras matérias orgânicas. O biodigestor possui bactérias que têm a função de degradar a matéria orgânica, produzindo biogás, o qual é composto de uma mistura de gases, principalmente o metano e o dióxido de carbono. O biogás é altamente combustível, podendo ser usado como fonte de calor ou para outras finalidades, como geração de energia elétrica. (ASSIS, 2008). Além do aproveitamento do biogás, os efluentes resultantes da degradação da matéria orgânica, servem como fertilizante, que pode proporcionar economia na aquisição de fertilizantes comerciais. Assim, os dejetos da produção animal deixam de ser um problema para o produtor para ser uma alternativa de preservação ambiental e geração de renda. Objetivo O objetivo deste trabalho é realizar um diagnóstico do potencial de utilização de biogás, obtido da degradação anaeróbia dos dejetos animais em propriedades rurais, para a secagem de tabaco. Dessa forma se busca verificar a sustentabilidade da geração de gás a partir da quantidade de esterco gerado nas propriedades, de forma a avaliar o potencial de substituição da madeira usada na secagem do tabaco pelo gás produzido no biodigestor. Metodologia O percentual de metano no biogás pode variar, dependendo da matéria orgânica que foi degradada, mas normalmente o percentual fica entre 60 e 80% de metano. Este porcentual confere ao biogás um poder calorífico, que pode variais de 5.000 a 7.000 kcal/m³ e que, quando submetido a um alto índice de purificação, pode atingir índices de até 12.000 kcal/m³. Segundo Barrera (1993), 1 m³ do biogás equivale a 1,536 kg de lenha, sendo que estes dados podem variar dependendo da quantidade do metano que está presente no biogás, mas deixando claro o poder calorífico do biogás. O biodigestor é, basicamente, uma câmara vedada, para que não haja presença de oxigênio, onde ocorre a fermentação anaeróbia da biomassa. O resultado é a produção do biofertilizante e a liberação de biogás. A principal função do biodigestor é de conter a biomassa. Porém, o biogás não é produzido pelo biodigestor; ele prove as condições necessárias para que as bactérias metanogênicas consigam degradar o material orgânico, para que haja a liberação do metano. Principais resultados A disseminação deste processo, como uma fonte de energia alternativa, faria com que houvesse uma redução significativa na utilização de madeira para geração de energia, aumentando a renda do produtor rural e reduzindo o desmatamento, além de uma destinação adequada para os dejetos e produção de biofertilizante rico em nitrogênio e potássio. Ocorre portanto uma redução do impacto causado no meio ambiente pela liberação de metano na atmosfera pelos dejetos dos animais que se encontram em propriedades rurais. Os biodigestores possuem condições ideais de trabalho no país todo, mas sofrem uma queda de produtividade em épocas mais frias, como ocorre nas localidades mais próximas ao sul do Brasil, mas podem ser contornadas se mantermos o biodigestor aquecido a uma temperatura ideal.

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