CONTROLE DE EQUILÍBRIO E DESENVOLVIMENTO COGNITIVO EM ESCOLARES

Náthalie da Costa, Carolina Schmitt, Éboni Marília Reuter

Resumo


Devido ao crescente volume de informações disponibilizadas, bem como a facilidade no acesso, o tempo de concentração das crianças nas suas atividades reduziu. Como consequência, o controle de equilíbrio e o desenvolvimento cognitivo de crianças e adolescentes sofreram alterações. Este estudo objetiva identificar o nível de desenvolvimento cognitivo e equilíbrio estático de estudantes de uma escola da zona norte de Santa Cruz do Sul. Trata-se de um estudo transversal, de caráter descritivo. As avaliações foram realizadas em uma escola privada de ensino básico e médio, situada na zona norte do município de Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul. Foram aplicados testes em alunos do sexto ao oitavo ano, durante o turno da manhã, como prática supervisionada na disciplina de Prevenção em Saúde I, do Curso de Fisioterapia da Universidade de Santa Cruz do Sul. Na avaliação do desenvolvimento cognitivo, aplicou-se o Mini Exame do Estado Mental (MEEM), que é um questionário desenvolvido de forma oral e que classifica cada questão conforme o desenvolvimento do item solicitado. Somando os pontos, identifica-se o nível cognitivo considerando os anos concluídos de educação formal. Para avaliação do equilíbrio estático aplicou-se a Escala de Berg, a qual é composta por 14 etapas, que foram comandadas por um observador e executadas pelos alunos. Cada item foi classificado de 0 a 4, conforme o desempenho observado, considerando 4 para desempenho suficiente e 0 para insuficiente. O escore máximo a ser alcançado é de 56 pontos. Os dados foram expressos em frequência absoluta e relativa. Participaram 88 alunos, 47 do sexo feminino, com faixa etária entre 11 e 16 anos. Verificou-se que 82 escolares foram classificados no MEEM como adequados e 6 inadequados. Observou-se que as dificuldades da amostra se apresentaram nos elementos de identificação espacial e temporal, e para cálculo, atenção, evocação, linguagem visuoespacial naqueles que não atingiram a pontuação esperada para o nível de instrução. O sétimo ano apresentou a maior proporção de alunos com a classificação inadequado no teste cognitivo (4 alunos), porém todos obtiveram pontuação próxima ao ponto de corte. Quanto ao teste de equilíbrio, apenas um sujeito do sexo masculino foi classificado como consegue manter equilíbrio com auxilio. Conclui-se que os escolares apresentaram resultados desejáveis para faixa etária em equilíbrio estático e desenvolvimento cognitivo. São escassos os estudos em escolares utilizando tais testes, sendo possível identificar com os instrumentos as etapas em que os estudantes apresentaram dificuldades. A partir dos achados, foi produzido um painel recreativo, o qual foi disponibilizado nas dependências da escola.

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