ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM: AÇÕES EDUCATIVAS REALIZADAS À PACIENTES IDOSOS HIPERTENSIVOS

Guilherme Mocelin, Brenda Raddatz de Oliveira, Daniela Teixeira Borges, Clauceane Venzke Zell, Anelise Miritz Borges, Liane Teresinha Schuh Pauli

Resumo


O envelhecimento populacional é um fenômeno demográfico, que tem se tornado um desafio às novas Políticas e Programas de Saúde Coletiva, tendo em vista as fragilidades e despreparo dos profissionais hodiernos, não pensados às novas configurações das pirâmides demográficas. Sob esta ótica, as Instituições de Ensino Superior com vieses comunitário, possuem um importante papel social enquanto fonte de novos profissionais capacitados e preparados à nova demanda social. Sob essa percepção, objetivar-se-á analisar registros de acadêmicos de enfermagem acerca de orientações e encaminhamentos de idosos, durante as Visitas Domiciliares e atendimentos prestados nos espaços da Clínica Escola – UNISC, acerca do controle hipertensivo. Trata-se de um estudo qualitativo/quantitativo com análise dos registros de 13 prontuários de clientes atendidos no período de fevereiro de 2018 a julho de 2018, por acadêmicos do Curso de Graduação em Enfermagem, durante as atividades práticas de uma determinada disciplina, do quarto semestre do curso em questão. Estas atividades envolvem intervenções educativas por meio de visitas domiciliares e atendimentos na Clínica Escola. Para análise documental, fez-se uso do método de Análise de Conteúdo. Sob o crivo dos olhares analisadores emergiram alguns pontos que representam as fragilidades dos idosos portadores de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), sob o qual destacam-se as principais orientações elaboradas pelos acadêmicos do Curso de Graduação em Enfermagem, adicionado aos principais encaminhamentos frente a tais pontos. Dentre as orientações, identificou-se a necessidade de diminuição da quantidade de ingesta de sal – sódio – representado por 100% (n=13) da amostra alvo do estudo, outra orientação relevante por 84,6% (n=11) aponta para a necessidade da prática de exercícios físicos diários/semanais, tomando por base os impactos positivos na vida do cliente com HAS. Também foi indicado o monitoramento semanal da HAS por 46,2% (n=06) e a importância da adesão correta das medicações anti-hipertensivas 61,5% (n=08), entre outros. Referente aos encaminhamentos, observou-se indicações de redirecionamento à rede de serviços, enfatizando a necessidade e a importância da adesão destes aos Grupos de Hipertensos desenvolvidos pelas Equipes de Saúde da Família (eSF), em 100% (n=13) dos prontuários. Desse modo, nota-se a importância das orientações e encaminhamentos corretos realizados pelos acadêmicos de enfermagem aos idosos, indo ao encontro dos princípios formadores de profissionais engajados com as causas coletivas. Haja vista que a continuidade do cuidado e a elevação da qualidade de vida da pessoa idosa com HAS são motivadores da proposta efetuada.

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