A osteoartrose (OA), também chamada de doença articular degenerativa, é uma condição músculo-esquelética importante caracterizada pela perda da cartilagem articular que leva à dor e perda de função. A articulação mais comumente afetada é o joelho. A OA do joellho pode resultar em mudanças que afetam não só tecidos intracapsulares, mas também periarticulares, como ligamentos, cápsulas, tendões e músculos. A European League Against Rheumatism (EULAR) sugere que um diagnóstico clínico confiável de OA do joelho pode ser feito de acordo com três sintomas (dor no joelho persistente, rigidez matinal e função reduzida) e três sinais (crepitação, circulação restrita e alargamento ósseo). O tratamento da OA de joelho é dirigido à redução da dor e rigidez nas articulações; manutenção e melhora da mobilidade articular; redução da incapacidade física, a qual limita as atividades da vida diária; melhora da qualidade de vida; limitação da progressão das lesões articulares; educação dos pacientes sobre a natureza da doença e seu tratamento. Dessa forma, tem-se como objetivo apresentar os efeitos da Fisioterapia Reumatológica sobre a analgesia e amplitude de movimento (ADM) articular em uma paciente com OA de joelho. Trata-se de um estudo de caso, realizado na clínica FisioUnisc localizada na Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC, de 31 de outubro a 28 de novembro de 2017, com paciente N. L., 60 anos, sexo feminino, faxineira, com diagnóstico de osteoartrose de joelho esquerdo com moderada redução do espaço articular, apresentando como queixa principal dor e limitação de movimento no joelho esquerdo. Os principais objetivos foram: reduzir quadro álgico, aumentar ADM ativa e passiva de membros inferiores, aumentar estabilidade do joelho, fortalecer adutores de quadril e isquiotibiais. Foi realizado goniometria de flexão de joelho, teste de descarga de peso sobre balanças e prova de função na articulação do joelho, antes e ao final do programa. O programa possui 4 sessões, com duração de 45 min, sendo realizados exercícios de aquecimento, alongamento, fortalecimento e manobras de massoterapia. Os exercícios de fortalecimento foram feitos em cadeia cinética aberta e voltados para musculatura de adutores de quadril e isquiotibiais. Ao final de cada sessão, eram passadas orientações de conscientização corporal e exercícios para realizar em casa. Na avaliação inicial de goniometria, constatou-se 122° de flexão do joelho esquerdo, no teste de descarga de peso sobre balanças: membro inferior direito 48Kg e membro inferior esquerdo 24Kg, prova de função (flexão/extensão): movimento preservado, porém com dor ao realizar movimento sem resistência; ao final do programa foi realizada nova avaliação onde constatou-se na goniometria de flexão do joelho esquerdo 130° de amplitude, descarga de peso sobre balanças: membro inferior direito 40Kg e membro inferior esquerdo 30Kg, prova de função (flexão/extensão): movimento preservado, sem dor. Conclui-se que os exercícios propostos pelo programa, mostraram resultados relevantes no ganho de amplitude de movimento e analgesia.