EFEITOS DA INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NA ESPONDILITE ANQUILOSANTE E OSTEOARTROSE

Douglas Alex Weiss Martins, Sérgio Junior Zonta, Paula Bianchetti

Resumo


Introdução: A Espondilite Anquilosante (EA) é um tipo de inflamação que afeta os tecidos conjuntivos, caracterizando-se pela inflamação das articulações da coluna e grandes articulações. Embora não exista cura para a doença, o tratamento precoce e adequado pode minimizar os sintomas, retardar a progressão da doença e manter a mobilidade das articulações acometidas. A Osteoartrose (OA) é uma doença articular crônico-degenerativa que se evidencia pelo desgaste da cartilagem articular. Clinicamente, é caracterizada por dor, rigidez matinal, crepitação óssea, atrofia muscular, dentre outros. Objetivo: Avaliar os efeitos da intervenção fisioterapêutica em paciente acometido por EA (coluna lombar) e OA (joelho direito). Métodos: Estudo observacional exploratório, tipo estudo de caso, onde foram realizados 5 atendimentos fisioterapêuticos, com duração de 60 minutos cada sessão, durante a Disciplina de Fisioterapia Reumatológica, na Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC, em Santa Cruz do Sul – RS. Utilizou-se recursos eletroterapêuticos, como a estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) (Tens Vil 993, Quark) com os parâmetros 250 µs, 4 Hz, 20 min. na coluna lombar (CL) e ultrassom pulsado (US) (Sonopulse III, Ibramed) com os parâmetros 1 MHz, 0,8 Watts/cm, 50%, 100 Hz, 15 min. no joelho direito (JD), além de técnicas de massoterapia superficial, alongamentos e exercícios contra resistência em cadeia aberta. Na primeira e na última sessão foi realizado avaliação postural, perimetria de membros inferiores (MMII), goniometria de flexão/extensão de joelhos, teste de força muscular de flexão/extensão de joelhos, teste de equilíbrio estático em ortostase e escala visual analógica (EVA) para avaliação da dor, no início e no fim das sessões. Resultados: Amostra composta por um paciente de 46 anos, sexo feminino, aposentada e ensino fundamental incompleto. Foi possível observar diminuição na intensidade da dor da CL e JD através da EVA, em uma média que passou de 6,8 (±1,1) para 4 (±0,7) na CL e de 4,6 (±2,7) para 2,6 (±1,5) no JD, após avaliação e reavaliação, respectivamente. Na goniometria, verificou-se na flexão de JD que o valor passou de 114º para 110º e na flexão de joelho esquerdo (JE) de 104º para 112º, o que demonstra um importante aumento da amplitude de movimento de flexão de JE. Relacionado a perimetria, observou-se no membro inferior direito uma média que passou de 49,5 cm (±9,9) para 51 cm (±11,0) e no membro inferior esquerdo de 48 cm (±11,4) para 51,8 cm (±11,7), o que evidencia um discreto ganho de massa muscular em ambos o MMII. Ao avaliar a força muscular, observou-se aumento considerável em ambos os MMII, uma vez que a flexão de JD e JE passou de 3 para 4, vencendo a gravidade após a intervenção e resistindo a uma pequena resistência. Da mesma forma, observou-se aumento da força muscular no movimento de extensão de JE, superando a ação da gravidade e contra resistência para valores normais, passando de 4 para 5 graus de força. Conclusão: A utilização de TENS e US pulsado, juntamente de massoterapia, alongamentos e exercícios para fortalecimento muscular, mostraram-se eficazes na diminuição do quadro álgico e aumento de força muscular nas regiões trabalhadas da paciente acometida por EA e OA.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.