PROGRAMA DOMICILIAR DE REABILITAÇÃO RESPIRATÓRIA NA ORIENTAÇÃO AOS VISITANTES DO ESTAÇÃO UNISC: HIGIENE DO SONO E SÍNDROME DA APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO

Julia Cabral Gassen, Douglas Aex Martins, Ana Clara Machado Mayer, Sabrina Antonio de Souza, Camila da Silva Brinques, Tania Cristina Malezan Fleig

Resumo


Introdução: O Estação Unisc contou com diversa programação, a realização de atividades educativas, culturais, musicais, recreativas e gastronômicas. O curso de Fisioterapia ofereceu atividades ao público na Clínica Escola Fisiounisc, dentre elas, a Oficina do Sono, organizada pelo projeto de extensão Programa Domiciliar de Reabilitação Respiratória e suas Interfaces. Com participação das bolsistas e orientadora do projeto, enfocou a Higiene do Sono e a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono. Objetivo: Orientar os visitantes acerca da Higiene do Sono (HS), verificando a ocorrência da sonolência diurna excessiva (SDE) e síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS). Método: O espaço físico preparado simulou o projeto de quarto ideal para uma boa noite de sono, criando um ambiente tranquilo, com iluminação indireta, temperatura controlada, aromatização e música relaxante. No acolhimento, o visitante relatava sobre sua rotina e seus hábitos do sono e, após a conversa inicial, eles recebiam orientações sobre a HS. A Escala de Sonolência de Epworth (ESE) foi utilizada para o rastreio da SDE. A ESE é o questionário que avalia a tendência de adormecer em 8 atividades diárias. O escore varia de 0 a 24, e uma pontuação igual ou superior a 10 indica SDE. Para identificar ocorrência da SAOS foi utilizado dois instrumentos, o Questionário de Berlim e o Questionário STOP-BANG. O questionário de Berlim indica alto risco da SAOS quando duas ou mais categorias forem positivas e, no questionário STOP-BANG, é necessário 3 ou 4 respostas afirmativas para indicar risco intermediário da SOAS, sendo que o alto risco restará indicado com 5 ou mais respostas afirmativas. Ao final, foi realizada demonstração sobre o posicionamento confortável e indicado para dormir, nos diferentes decúbitos, e realizado a experiência com um momento de relaxamento, massoterapia e ensino da técnica de respiração diafragmáfica. A oficina ocorreu individualmente com duração de 45 minutos para cada visitante. Resultados: Participaram da experiência na Oficina do Sono 15 visitantes, a média de idade foi de 38,58 anos e de maioria mulheres (53.33%). Para a ação educativa utilizou-se de folhetos contendo informações sobre a HS. Em relação à ESE, 11 dos participantes apresentaram grande probabilidade de cochilar ou dormir em diferentes situações do dia a dia, caracterizando propensão à SDE. No questionário de Berlim, 4 participantes apresentaram alto risco da SAOS, e no questionário STOP-BANG, 6 participantes apresentaram risco intermediário e 2 alto risco para SAOS. Os visitantes que relataram possuir algum distúrbio do sono, além dos identificados por nós durante o momento de conversa, foram devidamente orientados a respeito da necessidade das mudanças de hábito. Conclusão: Participar do Estação Unisc, através de ações previstas no projeto de extensão, confirma a necessidade do olhar extensionista focado na educação do público em geral, não apenas para aquelas pessoas acometidas por doença crônica não transmissível. O diálogo sobre a HS foi apreciada como novidade entre os participantes da Oficina do Sono, demonstrando a relevância do tema e a responsabilidade do profissional da Fisioterapia na atuação na área cardiorrespiratória. A ocorrência de SDE é expressiva em se tratando da amostra considerada jovem, bem como o risco anunciado para a SAOS. Prevê-se novas ações com cunho educativo e orientador.

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