ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: POSSIBILIDADES DE CONTRIBUIÇÃO DA FONÉTICA E DA FONOLOGIA

Bianca Stulp, Crtistiane Dall Cortivo lebler

Resumo


A referida pesquisa é fruto da disciplina Monografia II, desenvolvida sob orientação da professora Cristiane Dall Cortivo Lebler no segundo semestre de 2018. Observando a dinâmica escolar e o importante papel que a escola tem sobre os indivíduos em nossa sociedade, indagamo-nos a respeito da influência da alfabetização no processo de letramento dos alunos. Para tanto, apoiamo-nos em estudos linguísticos, atrelados principalmente aos aspectos da Fonética e da Fonologia, para investigar esse processo. É importantíssimo estudar a matéria-prima usada em sala de aula, porque a língua é o material com o qual o professor trabalha dia após dia, buscando que o aluno faça o melhor uso possível dele, visto que todas as disciplinas curriculares usam a linguagem para desenvolver seu conteúdo. Mesmo assim, alunos dos quatro anos finais do ensino fundamental têm sido alvo frequente de queixas dos professores de língua portuguesa e de outras disciplinas em relação ao baixo rendimento nas aulas, o que é comprovado pelas avaliações nacionais de aprendizagem. Tendo em vista esse cenário desafiador, estabelecemos como objetivo do estudo analisar a necessidade de conhecimentos em linguística no processo de alfabetização e de letramento. Fizemos isso através da investigação dos métodos fônicos utilizados na alfabetização, comparando-os aos demais para discutir sua eficiência. Propomo-nos a investigar, também, de que forma a alfabetização não plenamente concretizada nos anos iniciais inibe o desenvolvimento do letramento. Além disso, ainda analisamos a importância dos conhecimentos de fonética e fonologia no âmbito da educação. Através de pesquisa bibliográfica, buscamos definir como fonética e fonologia são necessárias não apenas aos métodos de alfabetização, mas também ao desenvolvimento pleno da alfabetização para fins de letramento. De modo secundário, almejamos, de algum modo, compartilhar as reflexões com os professores dos anos iniciais. Autores como Soares (2004; 2014; 2016), Cagliari (1998; 2004), Moraes (2013) e Kleiman (1995; 1998) dão suporte a nossas afirmações, esclarecendo inclusive as orientações dos documentos oficiais brasileiros sobre educação. Após muitas leituras e reflexões, sugerimos a adoção de métodos que propiciem o reconhecimento de aspectos fonéticos e fonológicos, não como únicos meios para a alfabetização, mas como aliados. Justificamos essa sugestão porque, embora o processo de decodificação torne-se algo automatizado, ainda assim, a identificação grafofonológica é a via mais segura e efetiva de reconhecimento de novas palavras. De todo o modo, avaliamos relevante uma fundamentação teórico-efetiva sobre linguística para professores dos primeiros anos do ensino fundamental, pois é nesse momento que ocorre, na maioria das vezes, a alfabetização.


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