BRAINSTORMING, CLUSTERING E O MAPA CONCEITUAL: UMA EXPERIÊNCIA VIVENCIADA NO ENSINO SUPERIOR PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA

Charles Bruno da Silva Melo, Liane Mahlmann Kipper

Resumo


Estamos vivendo um momento em que o ser humano está se transformando em um ser digital, em que as relações sociais e digitais se fundem na mesma linha, se organizam do mesmo modo, o tempo e o mundo globalizado se resumem a uma rotina cada vez mais dinâmica e rápida. Desse modo, é necessário que se pense e organize novas estratégias para o ensino, já que um dos objetivos da Educação Básica é preparar o estudante para a vida em sociedade. A partir desse contexto, a disciplina Prática de Ensino em Física I trouxe novos olhares e abordagens sobre o processo de ensino e aprendizagem, que possibilitam essa reflexão, como descrito neste relato de experiência. Inicialmente, foi proposto aos alunos da disciplina que pensassem em possíveis respostas para as perguntas: qual é o principal objetivo do ensino de Física e de Química no Ensino Fundamental (9º ano)? Como fazer para que isto ocorra? Visando tornar o conteúdo mais significativo, foi formado equipes que utilizaram como metodologia brainstorming (tempestade de ideias), o clustering (agrupamento) e o mapa conceitual proposto por Moreira (2005). Esse processo iniciou de modo individual dentro da equipe, onde cada membro apontou palavras que pudessem responder as perguntas. Na sequência, cada membro apresentou as palavras escolhidas ao grupo, de modo que elas fossem agrupadas por afinidades ao final dessa etapa, nesse processo, os alunos utilizaram o quadro da sala de aula para ter uma dimensão espacial do mapa conceitual que se formaria. Durante esse procedimento, as discussões da equipe se tornaram mais assíduas, dando origem às palavras-chaves que seriam essenciais para a conclusão do grupo, sendo escolhidas: construção humana, cotidiano, desejos, conhecimento cientifico, mobilização, Física e Química. Após, cada membro da equipe apontou palavras que remetessem a elas, formando um grande mapa conceitual. Como conclusão da equipe, foi possível constatar que não existe um único objetivo a se buscar, nem uma única forma para que ele seja alcançado, afinal a Educação é um sistema complexo que depende de inúmeras etapas, contextos e ideias. Nesse sistema a valorização da ciência como uma construção humana, sempre relembrando que ela surge de problemas e situações cotidianas, por isso, seu ensino depende essencialmente que ela se aproxime ao máximo do cotidiano dos alunos. Porém, só acontecerá em razão de muitos desejos, que passam desde o do professor em sala de aula até a valorização desse profissional pela sociedade, obviamente para ocorrência desse fenômeno é necessário que exista uma mobilização de muitos, dos poderes públicos e, principalmente, da comunidade escolar visando a construção do conhecimento cientifico por meio da Física e da Química, com o intuito da busca, gosto pela descoberta e pelo conhecimento científico. Como resultado, é possível afirmar que essa atividade possibilitou realizar uma análise do que nos espera como profissionais, além de nos apresentar uma abordagem que pode ser utilizado diretamente com alunos da Educação Básica.


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