ANÁLISE E VALIDAÇÃO DA MELHOR CONFIGURAÇÃO DO EIXO DE ROLAGEM DE UM VEÍCULO OFF-ROAD DO TIPO BAJA.

Leonardo Nagel de Carvalho, Helmano Luis Burin Moreira, Augusto Barboza da Cunha, Anderson Luiz Ferreira, Andrei de Lima Wendler, Vinicius Dreher Barbon, Fernando Sansone de Carvalho, Flavio Thier

Resumo


A equipe Baja de Galpão é um projeto de extensão da Universidade de Santa Cruz do Sul. A mesma gerencia, projeta e constrói um veículo off-road do tipo Baja, o qual participa de duas competições anuais, realizadas pela SAE (Society of Automotive Engineers). Nessas competições, existem equipes representantes de universidade de todo o país. Destaca-se ainda o título conquistado em 2016 pela equipe Baja de Galpão – UNISC na competição Baja SAE Brasil – Etapa Sul, disputada em Passo Fundo – RS, contando com equipes dos três estados da Região Sul do Brasil. Devido a relevância que o projeto representa entre os estudantes de engenharia de todo o país, busca-se sempre aperfeiçoar o protótipo, de tal forma a alcançar maiores patamares tanto para a equipe quanto para a universidade. Com esse objetivo, o projeto de suspensão do protótipo BG18.1 buscou melhorar o comportamento do veículo em curvas, o que é um fator determinante. Para isso, testou-se as mais diversas configurações de inclinação do eixo de rolagem, que vem a ser um eixo no qual o carro quando em situação de curva rola lateralmente. O eixo em relação ao centro de gravidade do veículo produz um momento de rolagem, que é um dos principais fatores contribuintes para os efeitos subesterçante e sobresterçante. Para projeto off-road tem-se como objetivo sempre buscar o sobresterço. O protótipo BG-16, possuía o eixo de rolagem próximo ao centro de gravidade e com uma inclinação muito pequena, produzindo momentos de rolagem pequenos tanto no eixo dianteiro como no traseiro. Entretanto, para o projeto atual não tinha-se a certeza de qual seria a melhor configuração, já que muitas bibliografias e alguns estudos práticos eram contradizentes. Logo, buscou-se determinar o melhor setup baseado na experiência empírica. Para validar os testes, utilizou-se do teste de raio de giro a velocidade constante e montou-se um circuito de slalon em que a configuração do eixo de rolagem que fizesse o circuito no menor tempo e que apresentasse o menor raio de giro, representaria a melhor situação. Para a realização do circuito, dois pilotos faziam 3 passagens e então era calculada uma média aritmética entre os tempos, e ainda era levado em consideração o feeling de cada piloto. É importante ressaltar que a cada mudança que feita no carro, era feita a geometria do carro garantindo os mesmos parâmetros de cambagem, convergência e calibragem de amortecedores. Com os resultados obtidos no antigo protótipo, conclui-se que um eixo de rolagem inclinado em direção ao eixo dianteiro e mais longe do centro de gravidade torna o veículo mais sobresterçante. Dessa forma, espera-se melhorar a dinâmica lateral do novo protótipo que ainda está em processo de fabricação, o que contribuirá de uma forma positiva nas próximas competições. 

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