ANÁLISE DO PERFIL ANTROPOMÉTRICO DE ESCOLARES PARTICIPANTES DO PROJETO PUPILO NO MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL

Luís Eduardo Pereira Castro, Cassiano Severgnini, Hildegard Hedwig Pohl, Miriam Beatris Reckziegel

Resumo


Introdução: O estilo de vida abrange hábitos diários da vida das pessoas, que tem influência direta na sua saúde. Atualmente, este vem sendo ameaçado pelas inúmeras opções de tecnologia e entretenimento virtual ofertado, o que acarreta em hábitos sedentários, principalmente nos jovens. Alterações positivas nestes hábitos podem promover saúde e prevenir riscos. Nesse sentido, a melhora dos componentes da aptidão física, através da prática de exercícios físicos, têm importância destacada na busca de uma vida saudável. Esta prática deve ser estimulada o mais precocemente possível, sendo a escola um dos locais que pode atuar na promoção da saúde das crianças e adolescentes. Objetivo: O objetivo deste estudo foi analisar e comparar dados antropométricos, enquanto componente da aptidão física com vistas à saúde, de jovens participantes do Projeto Pupilo nos anos de 2016, 2017 e 2018. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal descritivo que avaliou 49 jovens, de 16 a 20 anos, do município de Santa Cruz do Sul nos anos 2016, 2017 e 2018, participantes do Projeto Pupilo, avaliados em uma ação social do Projeto Avaliação Funcional para a Comunidade desenvolvido no Laboratório de Atividade Física e Saúde (LAFISA), da Universidade de Santa Cruz do Sul em parceria com a empresa Pioneer. Os dados coletados foram peso e estatura, por balança analógica e estadiômetro, para o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC); e dobras cutâneas peitoral, triciptal, abdominal, suprailíaca e subescapular, com adipômetro, para definir o Percentual de Gordura (%G). Variáveis estas posteriormente classificadas com tabelas específicas para sexo e idade. Para análise estatística, com frequência e percentual, foi utilizado o software Statistical Package for Social Science (SPSS) versão 23.0. Resultados: No ano de 2016 foram encontrados resultados menos satisfatórios referentes ao IMC sendo que 58,8% dos avaliados foram classificados com sobrepeso/obesidade, valores que diminuíram nos anos seguintes havendo prevalência de 38,5% no ano de 2017 e 26,3% em 2018. Referente ao percentual de gordura os resultados menos desejáveis foram encontrados também no ano de 2016, com 61,09% dos avaliados classificados com percentual de gordura abaixo da média/ruim/muito ruim. Os resultados mais satisfatórios foram aferidos no ano de 2017 com 44,5% dos avaliados classificados como acima da média/bom/excelente. Conclusão: A partir dos resultados obtidos, observamos melhoras nos valores de IMC no decorrer dos anos, embora o percentual de gordura não tenha apresentado comportamento semelhante. Vale ressaltar a importância de hábitos adequados e a prática regular de exercícios físicos para a manutenção da boa saúde e prevenção de patologias.


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