ATIVIDADES, IMPORTÂNCIAS E EFETIVIDADE DO PIBID SOB A VISÃO DE BOLSISTA

Eduarda Thomas Job, Tania Bernhard, Alexandre Rieger

Resumo


O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) promove a inserção dos estudantes de licenciaturas, os pibidianos, ao ambiente escolar desde o início da sua graduação. Nesse contexto, foram desenvolvidas atividades na Escola Estadual de Ensino Médio Ernesto Alves de Oliveira, em Santa Cruz do Sul, RS, durante o período de agosto de 2018 a julho de 2019. Em 2018, foram realizadas oficinas de aprendizagem extraclasse como aulas de “reforço” aos alunos que necessitassem. Já, em 2019, foi como monitoria assistida no ambiente de sala de aula com turmas de ensino fundamental e médio. A oficina de “reforço” proporcionou ao bolsista a experiência de aprender em conjunto com os alunos de diferentes séries, já que para esclarecer as dúvidas eram necessárias a realização de pesquisas e novos estudos constantemente. Foi possível perceber que a atividade de docência requer, além da formação específica, a atualização e contextualização dos conteúdos. Também, a interação direta com os alunos, permitiu perceber que as dificuldades podem ser de outra natureza, e não só do conteúdo, abrindo espaços para novas questões que não podem ser vistas como simples dúvidas de aula. A vivência dessa atividade foi enriquecedora para que o bolsista superasse os desafios mais comuns, como a insegurança em relação aos conteúdos e a capacidade de interagir com novas pessoas, quer sejam alunos ou outros colegas nesse novo ambiente. Em relação ao conteúdo, o desafio se deu ao fato de que o bolsista ainda estava no início da graduação, e por isso, em vários momentos de atendimento, teve que construir esse conteúdo sem ainda ter vivenciado o mesmo em seu curso de graduação. Dessa forma, o bolsista trabalhou os conteúdos através de imagens ilustrativas e exercícios realizados em conjunto, passo a passo, incentivando a realização de novos questionamentos afim de construir com os alunos uma relação de proximidade para que sentissem confiança em expor suas dúvidas e dificuldades. A atividade de monitoria assistida no ambiente de sala de aula iniciou pela observação da metodologia dos docentes e aplicação de atividades para complementação do conteúdo. Esse formato contribuiu significativamente para a formação futura do bolsista, pois havia uma inserção e interação real no ambiente de sala de aula, envolvendo as relações aluno, professor e conteúdo. Assim, as atividades aplicadas foram voltadas para práticas com o intuito de melhorar a compreensão do conteúdo por parte dos alunos através da sua contextualização. Foi observada a forma de agir dos alunos em relação às atividades e percebeu-se que havia os que realmente desenvolveram interesse no conteúdo e aqueles que apenas cumpriam o proposto por ser o seu “dever” como aluno. Embora as atividades práticas sejam intrínsecas aos conteúdos de ciências e biologia, pode-se perceber o porquê são cada vez menos utilizadas pelos professores. Entre as razões, observou-se a falta de tempo para trabalhar o conteúdo, a insegurança do docente quanto ao comportamento dos alunos no ambiente da prática e falta de interesse, tanto dos alunos como dos professores, quando não são contextualizadas. Essa vivência pibidiana, permitiu perceber a necessidade de construir um ambiente de aprendizagem onde a ciência possa ser trabalhada com um enfoque investigativo e contextualizado e não somente conteudista, de modo a torná-la interessante e necessária a toda comunidade escolar.


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