Introdução: A esclerose múltipla (EM) é uma doença desmielinizante e inflamatória, com etiologia autoimune que compromete o sistema nervoso central e cuja susceptibilidade é determinada por fatores tais como: a carga genética e a influência ambiental que ainda é desconhecida. No Brasil, os estudos realizados na cidade de São Paulo, demostram taxa de prevalência de aproximadamente 5/100000 habitantes. Acomete mais frequentemente adultos jovens entre 20 e 40 anos, é mais comum em mulheres e em indivíduos de cor branca. Os sintomas podem incluir perda da visão, visão dupla, rigidez articular, fraqueza muscular, falta de equilíbrio, dormência, dor entre outros. Objetivo: Este trabalho versa a respeito da avaliação fisioterapêutica de um paciente com EM. Métodos: Trata-se de um relato de caso individual. Através de encaminhamento médico para tratamento fisioterapêutico foi inserido o paciente no Estágio Supervisionado em Fisioterapia Ambulatorial na Clínica FisioUnisc, na Universidade de Santa Cruz do Sul- UNISC / RS. A partir disso, realizou-se avaliação fisioterapêutica, coletando os dados de identificação, história da doença atual, história da doença pregressa, histórico familiar, condição social, inspeção, palpação e testes específicos como: escala visual analógica da dor (EVA), sensibilidade térmica e tátil através de bolsas térmicas e estesiômetro, coordenação motora através do teste índex-índex e índex nariz, medida real e aparente com fita métrica, flexibilidade muscular através de banco de WELLS (Paciente não consegui executar devido a quadro álgico em quadril) e teste 3º dedo-solo, força muscular através da escala de Oxford, avaliação postural, descarga de peso na balança, amplitude de movimento (ADM) de coluna vertebral e quadril através de goniometria, equilíbrio estático e dinâmico através do Romberg e Marcha em Tanden respectivamente, força muscular inspiratória e força muscular expiratória através de manovacuometria e força de preensão palmar através de dinamometria. Resultados: Trata-se do paciente T.J.F., sexo masculino, autônomo, 37 anos com diagnóstico de EM desde 2016 e coxartrose bilateral de quadril, apresentando como queixa principal “dor no quadril e nas pernas”. O paciente possui artrodese em coluna cervical em C5-C6 realizada em 2018 e em coluna lombar em nível de L4-L5 realizada em 2017. Após avaliação constatou-se que o paciente necessita tratamento para quase todos os itens avaliados, inclusive na dinamometria, não atingiu o valor predito esperado para a idade, porém os maiores déficits foram na flexibilidade muscular, ADM da coluna vertebral, equilíbrio estático e dinâmico e quadro álgico na coluna e quadris. Conclusão: Uma avaliação completa é indispensável para se traçar um bom tratamento fisioterápico. A intervenção fisioterapêutica minimiza os avanços da patologia e é de extrema importância para proporcionar qualidade de vida ao paciente. Por fim, os estágios supervisionados em fisioterapia são de extrema importância na formação, assim como suas práticas beneficiam a comunidade local e regional.