FISIOTERAPIA AQUÁTICA NA DISTROFIA MUSCULAR DE CINTURAS: UM ESTUDO DE CASO

Amanda Eugênia Bock Landskron, Soraia Wickert, Patrícia Oliveira Roveda

Resumo


A distrofia muscular de cinturas (DMC) é um distúrbio hereditário dos músculos. A doença normalmente se manifesta na infância e apresenta-se como uma deficiência severa, causando problemas respiratórios e a perda progressiva da força e da função muscular. A incidência global da distrofia muscular de cinturas foi estimada em 1 por 100.000 habitantes. Os sintomas normalmente são de fraqueza muscular, mialgia, câimbra, atrofia muscular, miotonia e contratura muscular. As principais características no atraso do desenvolvimento motor são a hipotonia muscular congênita e fraqueza muscular com início precoce. Desse modo, este trabalho objetiva apresentar um estudo de caso de paciente com DMC assistido com fisioterapia aquática. Estudo de caso de observação e intervenção, realizado na Clínica Fisiounisc da Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC, mediante atividade prática da disciplina de Fisioterapia Aquática do curso de Fisioterapia. Foram realizados três encontros, com o paciente T. L. K., diagnosticado com DMC, para realização de fisioterapia uma vez por semana. Como instrumento de avaliação foram utilizados os dados já fornecidos pela clínica, através da ficha de avaliação e os dados observados durante os três encontros. Cada sessão tem a duração de 45 minutos, sendo realizados exercícios de aquecimento, alongamento, equilíbrio, fortalecimento, respiratório e relaxamento. Na ficha de avaliação do paciente do sexo masculino, 35 anos, com diagnóstico de DCM desde os 6 anos, foi possível perceber a evolução progressiva da perda de força e função muscular. O paciente T.L.K, encontra-se desde os 23 anos de idade em cadeira de rodas. Com relação às habilidades motoras, o mesmo mantém controle de tronco compensando musculaturas, possui escoliose lombar à direita (específica) em decorrência de deformidades dos joelhos em flexão e pés equinos. Durante os atendimentos foram priorizadas técnicas de Bad Ragaz, para melhora do padrão postural, bem como exercícios para manutenção da força e alongamentos específicos da musculatura geral. Incentivou-se também a interação social, através de atividades lúdicas realizadas ao final de cada atendimento, com a estagiária e as demais pessoas presentes. Devido ao quadro da distrofia muscular e as consequências da doença, a aquisição de habilidades é lenta. A fisioterapia é fundamental para desacelerar a progressão dos sinais e sintomas minimizando as sequelas decorrentes do quadro da doença. A fisioterapia aquática é ainda mais benéfica, pois possibilita ao paciente locomover-se, o que no solo não é possível, inclusive a marcha. Além da melhora do quadro álgico através das propriedades físicas da água, e a pressão hidrostática que auxilia na melhora da condição cardiorrespiratória do paciente. Assim, a fisioterapia atua na melhora da qualidade de vida do paciente.

Palavras-chave: Hidroterapia. Qualidade de vida. Distrofia Muscular.




Apontamentos

  • Não há apontamentos.