A INCLUSÃO DE ALUNO SURDO NA CLASSE DE OUVINTES

Rodrigo Ezequiel Wegner, Sergio Celio Kamt

Resumo


Nos dias atuais, sabe-se da dificuldade de inclusão de alunos surdos em uma classe de alunos ouvintes, principalmente, em situações em que há dificuldade de comunicação entre ouvintes e surdos e, até mesmo, da comunicação do professor com o aluno. Diante disso, torna-se latente o questionamento de visualizar a realidade de como acontece o processo de inclusão, pois conhece-se toda a dificuldade de adaptação tanto da escola, educadores quanto também dos alunos ouvintes. O projeto teve como foco verificar como acontece a inclusão de surdos em uma classe regular de ouvintes, sendo apresentadas todas as dificuldades na relação entre professor/aluno surdo. Partiu-se do questionamento acerca da situação atual de inclusão, que circunda a efetividade da inclusão do estudante surdo em uma sala de classe regular, ou se o que ocorre é uma exclusão pelo modo como a inclusão se dá. Esse assunto é importante ser debatido em momento em que as escolas estão passando por algumas adaptações para a efetiva inclusão de surdos. Também é verdade que um dos principais problemas está justamente na adaptação dos próprios ouvintes e, até mesmo, dos professores, o que faz com que as escolas ainda não estejam aptas de forma geral a conviver com a inclusão dos surdos. Para desenvolver a pesquisa e buscar métodos que auxiliem na inclusão escolar de crianças surdas, tonou-se necessário um levantamento de como estas crianças são inseridas nas turmas e quais são seus graus de dificuldades em relação ao conteúdo que é explanado aos demais discentes, buscando observar como acontece o ensino-aprendizagem dos alunos incluídos. Assim, foi realizada uma entrevista com uma aluna surda que faz parte do processo de inclusão da escola pública. A entrevista aconteceu com o intuito de obter informações de como é a convivência entre professores e o aluno surdo e, até mesmo, a relação com os colegas ouvintes. Os dados foram avaliados com base nas respostas obtidas. Percebeu-se que as escolas ainda passam por uma adaptação para inclusão dos surdos. Com a entrevista, levantou-se a necessidade de ter uma intérprete dentro da sala de aula para que os conteúdos possam ser melhor entendidos pelo alunos surdos. Sendo assim, os resultados contribuíram para o entendimento de como é realizada a interação entre professores e alunos inclusos, chegando ao entendimento de que os professores atuantes nas escolas ainda não estão preparados e aptos para receber alunos surdos em suas classes. Torna-se necessário uma adequação da metodologia para que o processo de inclusão possa ser efetiva. Quando se fala em inclusão de alunos surdos no contexto regular de ensino, percebe-se um grande desafio, devido à diferença linguística. A forma igualitária para acesso ao conteúdo em relação aos demais alunos não parece acontecer de forma simples, afinal, dentro do contexto regular a forma habitual de comunicação é a língua oral, sendo assim, o aluno com necessidade especial auditiva encontra maior dificuldade para compreender e se expressar.

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