DECISÕES DO PROJETO AERODESIGN 2019 EQUIPE KAMIKASE CLASSE REGULAR

José Lenon Cunha, Fabrício Antônio Egert, Fabrício Antônio Egert

Resumo


A Equipe Kamikase é um projeto de extensão da Universidade de Santa Cruz do Sul, que tem como objetivo desenvolver e construir uma aeronave rádio controlada não tripulada para competição SAE Brasil Aerodesign que deve atender aos requisitos e restrições impostas pelo regulamento. Como o peso da aeronave é muito relevante para uma boa pontuação na competição, a equipe busca sempre aperfeiçoar os materiais utilizados na construção da aeronave. Para isso, são desenvolvidos ensaios que proporcionam conhecer melhor as propriedades dos materiais que possam ser utilizados em sua construção. Neste ano de 2019, a equipe teve uma série de decisões para o desenvolvimento do projeto. A primeira decisão tomada foi o tipo de asa a ser usada, pois como a equipe teve grande mudança na questão de membros, com novos entrando e antigos com mais experiência saindo, foi decidido usar uma geometria de asa conhecida e perfis conhecidos recuperados do banco de dados da equipe, fazendo uma combinação de elementos para começar o projeto. A decisão seguinte foi o tipo de grupo motopropulsor a ser utilizado, já que com uma mudança no regulamento a distância de decolagem foi reduzida de 60 a 50 metros, fazendo com que a equipe achasse um modo de suprir esta diferença. A equipe optou em usar o motor O.S.55AX por ter mais eficiência estrutural e também mais força na decolagem, já que a distância de decolagem foi reduzida em 10 metros. O motor utilizado nos anos anteriores era o ASP S 61A, que embora apresentasse boa eficiência, seu peso é muito superior ao escolhido. Consultando o banco de dados da equipe, foi decidido que a hélice mais adequada para o propósito, seria a hélice APC 12 x 6. Focando em suprir a diferença da distância de decolagem, a equipe optou por utilizar uma fuselagem treliçada por apresentar bom desempenho, facilidade na montagem e peso baixo. Definiu-se, a utilização de um tailboom acoplado a fuselagem, pois apresenta maior facilidade na retirada de carga e diminui arrasto, dando mais velocidade a aeronave. A fuselagem e boom dos anos anteriores eram inteiriços e ambos treliçados, porém o boom não era entelado e isso causava muito arrasto e o espaço para por os componentes era muito pequeno. A empenagem foi mantida a mesma, porém mudado a geometria para maior eficiência. A configuração de trem de pouso convencional foi descartada por resultar em perda de comando da aeronave em solo e possibilitar avarias à hélice. A configuração triciclo proporciona boas condições de taxiamento e facilidade construtiva, portanto, esta foi selecionada com distribuição de cargas 85% no trem principal e 15% na bequilha, de acordo com o teste descrito no relatório de desempenho. Sendo assim, após a realização dos testes práticos, a equipe constatou que a aeronave estava em acordo com o projeto, amenizando riscos de falhas com decisões precisas para melhorar a cada ano as aeronaves e sempre buscando melhorias e adequações dos regulamentos para cada vez mais buscar uma boa colocação nas competições.


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