AVALIAÇÃO DE ATIVIDADE ANTIOXIDANTE E POLIFENÓIS TOTAIS DO EXTRATO AQUOSO E ETANÓLICO DE CAMPOMANESIA XANTHOCARPA.

LEANDRA ANDRESSA PACHECO, ANA CAROLINE GIACOMIN, BARBARA PARRAGA DA SILVA, GREICI RAQUEL WILDNER, EDUARDO MIRANDA ETHUR

Resumo


Existe grande diversidade de produtos derivados de frutos e constante inserção de novos produtos no mercado de consumo, os quais, na maioria das vezes, ainda não foram devidamente pesquisados com respeito às suas propriedades e atividades benéficas à saúde. A descoberta de componentes secundários proporcionou ao homem o uso das plantas como fonte de princípios ativos para inúmeras de suas necessidades, tais como a cura de agentes patogênicos. Com a saturação de medicamentos sintéticos no mercado e também o abuso por parte dos consumidores (pacientes), vêm se buscando nas plantas propriedades efetivas. A planta Campomanesia xanthocarpa, pertencente à família botânica Myrtaceae, compreende 130 gêneros e cerca de 3.000 espécies. Seu floema é interno e geralmente há presença abundante de ritidoma no caule. Observa-se, também, canais oleíferos na forma de pequenos pontos translúcidos que podem ser encontrados nas folhas, flores, frutos e sementes. É popularmente conhecida como Guabiroba, Guabirova ou Gariba, sendo de grande abundância na região do cerrado, podendo ser considerada uma planta medicinal por possuir propriedades farmacológicas e nutricionais. A planta apresenta frutos de polpa suculenta, firme e de sabor doce. Este trabalho buscou avaliar as atividades antioxidantes e polifenóis totais a partir das folhas coletadas em setembro de 2012 no município de Lajeado, RS. Para o presente estudo utilizou-se extratos etanólicos e aquosos das folhas de Campomanesia xanthocarpa, nas quais empregou-se técnicas de desidratação dos materiais vegetais, que foram colocados em estufa na temperatura de 40°C. Para a avaliação da atividade antioxidante utilizou-se o método de captura do radical livre DPPH(1,1-difenil-2-picril-hidrazila), in vitro, segundo metodologia de Mensor et al. (2001), utilizando como padrão o ácido ascórbico nas concentrações de 50 µg/mL, 25 µg/mL, 12,5 µg/mL, 6,25 µg/mL e 3,125 µg/mL. Tanto o extrato aquoso quanto o etanólico tiveram suas atividades determinadas nas mesmas concentrações do padrão, a fim de determinar o IC50. Ambos os extratos apresentaram atividade antioxidante, sendo observado o valor para IC50 do extrato etanólico de 9,71 e para o extrato aquoso IC50 de 21,55, sendo que o padrão de ácido áscórbico teve um IC50 de 7,17. Já para a determinação de polifenóis totais, utilizou-se o método de Folin Ciocalteau a partir da construção de uma curva padrão de ácido gálico nas concentrações de 50mg/L, 100mg/L, 150 mg/L, 200 mg/L, 250 mg/L e 500mg/L, obtendo valores em EAG/g de material vegetal. Com a obtenção dos dados, pode-se concluir que a maior atividade antioxidante do extrato etanólico está relacionada ao teor de polifenóis totais apresentado pela amostra.


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