Com o objetivo de reduzir o consumo de água, através de ações tecnológicas, deu-se início ao desenvolvimento de diversos programas de uso racional. O uso de água da chuva para usos básicos em uma residência domiciliar é uma das alternativas. O tratamento de águas residuais, também é outra solução para evitar o desperdício de água, no Brasil apenas 20% do esgoto passa por tratamento, o resto é despejado em rios e córregos, contribuindo para aumentar a contaminação nos rios. A água de esgoto tratado não é potável, mas serve para usos menos nobres. Em relação aos esgotos domésticos, estão sendo implantados os chamados sistemas de reutilização, principalmente das águas cinzas, para diversos fins. A prática do reuso em sistemas proporciona benefícios ambientais significativos, pois, além de permitir que um volume maior de água permaneça disponível para outros usos, em certas condições, pode reduzir a poluição hídrica por meio da minimização da descarga de efluentes. No campo do tratamento de esgotos, a DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) é um parâmetro importante no controle das eficiências das estações, tanto de tratamentos biológicos aeróbios e anaeróbios, bem como físico-químicos (embora, de fato, ocorra demanda de oxigênio apenas nos processos aeróbios, a demanda "potencial" pode ser medida à entrada e à saída de qualquer tipo de tratamento). Nesta primeira etapa do projeto foi implementado o método de DBO a ser utilizado no monitoramento do sistema de tratamento de efluentes. O teste da DBO é realizado através da diluição de uma amostra da água a ser analisada em água deionizada saturada de oxigênio. A amostra é inoculada de uma quantidade fixa de micro-organismos. Mede-se a concentração de oxigênio dissolvido (OD inicial) na amostra. Em seguida, a amostra é selada (para evitar a dissolução de oxigênio adicional dentro dela) e é mantida em uma incubadora por cinco dias, a 20°C, e no escuro (para evitar que haja fotossíntese, o que resultaria na produção de oxigênio adicional) e com o pH ajustado entre 6,5 e 8,5. Ao fim dos cinco dias, repete-se a medida do oxigênio dissolvido (OD final). Assim, nesta etapa da pesquisa foram analisadas ao todo 4 amostras artificiais, divididas em dois lotes diferentes, preparadas com uma solução de glicose e ácido glutâmico, que deve apresentar uma DBO de 200 ± 37 mg/L. Os resultado obtidos nas 4 amostras foram 268 e 249 no primeiro lote de testes e 213 e 208 no segundo lote de testes. Observa-se que os resultados do segundo lote apresentaram-se condizentes com o esperado e, a partir disto, a metodologia desenvolvida será aplicada no monitoramento da qualidade da água do sistema de tratamento por wetlands.