GENOTIPAGEM DO GENE KRAS EM PORTADORES DE CÂNCER COLORRETAL POR HIGH RESOLUTION MELT

MARTINA FERNANDA GEWEHR, ELIARA FERNANDA FOLETTO, GUILHERME BRZOSKOWSKI DOS SANTOS , LUCAS ALVES BELING, LUCIANA DE SOUZA NUNES, LIA GONCALVES POSSUELO

Resumo


O câncer colorretal (CCR) é a segunda maior causa de mortes por câncer. Segundo dados da literatura, desenvolve-se através de adenomas esporádicos, síndromes genéticas de polipose ou doenças inflamatórias intestinais. É uma patologia genômica, ocorrendo através de células normais que sofrem alterações no material genético (DNA) até se tornarem malignas. Os principais grupos de genes envolvidos na carcinogênese são os proto-oncogenes, genes supressores de tumor e genes referentes ao reparo do DNA. Variações genéticas na proteína RAS são as mais comuns em tumores humanos, o gene KRAS codifica a proteína RAS e conduz uma proliferação desordenada de células cancerígenas, sendo o principal proto-oncogene encontrado no CCR. A técnica High Resolution Melt (HRM) permite identificar estas variações genéticas em tempo real do segmento desejado, contribuindo de forma rápida e eficaz na escolha da terapia medicamentosa. Nosso objetivo é realizar a genotipagem do gene KRAS através da técnica HRM em pacientes com câncer colorretal diagnosticados em Santa Cruz do Sul. Em relação à metodologia, o estudo é transversal e prospectivo, realizado no município de Santa Cruz do Sul. Foram colhidas amostras de biopsia no momento da cirurgia para retirada de tumor no período de abril a julho de 2015. As amostras foram encaminhadas para o Centro de Pesquisa e Treinamento em Biotecnologia, onde foi realizada extração de DNA utilizando o kit WizardR (Promega Corporation, EUA) com modificações. Posteriormente, as sequências do gene KRAS onde estão os códons 12/13 e 61 foram amplificadas pela reação em cadeia da polimerase (PCR), utilizando-se um fluoróforo saturante (SYTO®) na reação, necessário para que obtenha-se curvas de dissociação das amostras. Após a amplificação por PCR convencional, foi realizada a genotipagem por HRM. As curvas foram analisadas pelo programa HRM v.2.0.1. Até o momento, foram coletadas 21 amostras, das quais apenas 9 (43%) foram genotipadas por HRM. 53% eram homens. A média de idade dos pacientes incluídos no estudo foi de 65 anos, variando de 47 a 80 anos. Observou-se que 4 amostras apresentaram um perfil de heterozigose para o códon 61. Para o códon 12/13, todos os nove pacientes testados apresentaram perfil de curva de dissociação compatível com ausência de mutação. Até o momento no códon 61, 19% eram heterozigotos e no códon 12/13, todos os testados não apresentavam mutações. Esta técnica realizada se mostrou rápida e eficaz para analisar a presença de polimorfismos genéticos, entretanto o sequenciamento do DNA é fundamental para confirmar os resultados e validar os resultados obtidos por HRM.


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