Periódicos científicos se mostram uma fonte inesgotável e segura do compartilhamento de conhecimento e produção científica, agindo como um filtro seletivo, agregando valor às pesquisas e, analisando seu grau de originalidade quanto ao conhecimento já existente em determinada área da ciência. Durante a edição de um artigo submetido a um periódico se adota a revisão cega por pares, fazendo o julgamento das submissões de forma anônima, onde os avaliadores desconhecem os autores e vice-versa. Esse intermédio se faz pela equipe editorial, indicando avaliadores que possam contribuir ao artigo. Esse processo deve atender a um prazo mínimo que permita o atendimento das alterações solicitadas e a publicação em tempo hábil, não prejudicando a periodicidade. Nesse contexto, a avaliação pelos pares, consistindo na crítica e avaliação do trabalho de um cientista antes de sua publicação, se vê inerente ao avanço científico. Nessa conjuntura, a qualificação dos avaliadores se torna essencial a todo o processo de publicação de um artigo. O objetivo desse trabalho foi o de analisar o perfil dos avaliadores da Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção (RECI), através de um estudo descritivo com base nos dados dos avaliadores cadastrados na plataforma Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas (SEER) da RECI, além de consulta ao seu Curriculum Lattes. Verificando informações como quantidade de avaliadores cadastrados, suas áreas de interesse, sua formação acadêmica, afiliação, publicações nos últimos 3 anos e número de artigos da RECI avaliados. O número total de avaliadores cadastrados foi de 443, sendo que 40% encontravam-se realmente ativos nos últimos 3 anos. Totalizaram-se mais de 280 diferentes áreas de conhecimento, com predominância das áreas de Saúde Coletiva, Medicina, Enfermagem, Epidemiologia, Clínica Médica e Saúde Pública. Dentre os avaliadores, mais de 70% eram doutores. Após análise do Curriculum Lattes, observou-se que, cada avaliador da RECI teve em média 12 artigos publicados nos últimos três anos. Na análise das afiliações dos avaliadores da RECI, os estados do Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro forma os mais frequentes, que resultaram mais de 200 diferentes instituições. Através deste levantamento percebemos que a qualidade de nossos avaliadores se mostra relativamente boa, entendendo as dificuldades principalmente de tempo disponível para despender a avaliação de um artigo e conhecimento sobre a área. No entanto, visualizamos também que alterações que já viemos realizando podem ser efetuadas de forma mais eficaz, visando melhorias nesse sentido, como por exemplo, a escolha de avaliadores com grande nível de conhecimento sobre o tema do artigo, além de pessoas que estejam sempre atualizadas e ativas quanto a publicações científicas.