OTIMIZAÇÃO DE CONDIÇÕES CROMATOGRÁFICAS PARA QUANTIFICAÇÃO DE VITAMINA E, EM VEGETAIS IN NATURA E EM SUAS FARINHAS, POR CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA EFICIÊNCIA

Stéfane Lohani Knak, Ana Lúcia Becker Rohlfes, Bruno Engel, Débora Batista Soares, Cristhielle Correa, Nádia de Monte Baccar

Resumo


A vitamina E é um nutriente essencial para os seres humanos, pois possui uma importante função no organismo, como antioxidante, ao inibir a oxidação de lipídios insaturados e ao prevenir o dano oxidativo celular pela inativação de radicais livres e espécies reativas de oxigênio. Ela consiste na denominação genérica de oito compostos lipossolúveis, sendo que o alfa-tocoferol é o de ocorrência mais comum nos alimentos. A transformação de vegetais in natura em farinhas, por desidratação ou atomização por Spray Dryer, promove o prolongamento de sua vida útil, podendo, por outro lado, devido ao emprego de temperatura no processo produtivo, ocasionar perda de nutrientes, como as vitaminas mais instáveis. Nesse sentido, a proposta deste trabalho foi a otimização de um método para quantificação dos teores de vitamina E nos vegetais in natura, beterraba, couve, espinafre e pimentão, bem como nas farinhas obtidas a partir dos mesmos, utilizando sistema de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE). A separação foi conduzida através de cromatógrafo de marca SHIMADZU®, em coluna analítica de fase reversa, tendo como fase estacionária grupamentos octadecil (C18), com sistema de detecção UV. Para essa otimização foram realizados vários ensaios, com variação da composição da fase móvel, formada pela combinação metanol:água (95:5) e metanol (100%). Além da composição da fase móvel, foi avaliado o sinal cromatográfico da eluição do analito na presença de diferentes vazões de fluxo de 0,8 e 1,0 mL min-1. O volume de injeção foi variado entre 10 e 20 µL, em tempo de corrida inicialmente de 30 minutos e temperatura constante de 30°C. Comprimentos de onda de 208, 225 e 285 nm foram selecionados, individualmente, para registro do sinal cromatográfico. Os cromatogramas obtidos demonstraram que as melhores condições para a análise de vitamina E, através de CLAE, são aqueles empregando fase móvel composta por 100% de metanol, volume de injeção de 20 µL e vazão de fluxo de 1,0 mL min-1.  Ainda, os cromatogramas demonstraram maior absorção de radiação eletromagnética no comprimento de onda de 208 nm, com tempo de retenção, da vitamina E, de 16,5 minutos. Após a otimização, uma curva analítica foi construída empregando soluções padrão nas concentrações de 1,5 a 10 mg L-1. As áreas dos picos, obtidas nas diferentes concentrações, deu origem à equação da reta y=59214x-13651 e coeficiente de correlação de 0,995, demonstrando linearidade entre concentração e área. Para a extração da vitamina E, nas diferentes amostras, empregou-se solvente hexano. Ensaios foram realizados com 1 e 2,5 g de amostra para 10 mL de solvente, permanecendo por 20 horas. Posteriormente os extratos foram filtrados a vácuo, rotaevaporados, ressuspendidos na fase móvel (metanol) e analisados nas condições otimizadas por CLAE. Os picos cromatográficos foram identificados pela comparação com o tempo de retenção do padrão de vitamina E. No entanto, a otimização de condições de extração de vitamina E, nos vegetais in natura e em suas farinhas, ainda estão em andamento, havendo necessidade de realizar ensaios de fortificação.    


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