COMPARAÇÃO ENTRE ÍNDICE E FREQUÊNCIA DE DANO NO DNA EM PRATICANTES DE ACADEMIA QUE FAZEM USO OU NÃO DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES

Gabriela Moura Soares, Thalia Gama da Silva, Weverton Aparecido Sousa Pereira, Diene da Silva Schlickmann, Patricia Molz, SIlvia Isabel Rech Franke

Resumo


Atualmente encontra-se um número elevado de praticantes de exercícios físicos em academia que estão em busca de um corpo perfeito, bem como buscam também por qualidade de vida e saúde. Entretanto, muitos indivíduos fazem uso indiscriminado e sem orientação profissional de suplementos alimentares. A literatura tem evidenciado que alguns suplementos alimentares podem exercer efeito antioxidantes, porém seu uso excessivo, e, sem orientação adequada, podem trazer riscos para a saúde. Para avaliar possíveis danos provocados pelo uso de suplementos alimentares, o ensaio cometa é uma ferramenta importante, pois avalia danos no DNA em células do sangue e pode mostrar um panorama do efeito da suplementação alimentar em esportistas. Objetivou-se comparar o índice e a frequência de dano no DNA, em indivíduos praticantes de academia de Santa Cruz do Sul, que fazem uso ou não de suplementos alimentares. Foi aplicado um questionário on-line, contendo questões sobre o uso de suplementos alimentares, respondido por praticantes de academia. Realizou-se também uma coleta sanguínea para a realização do ensaio cometa, conforme protocolo padrão do Laboratório de Nutrição Experimental da UNISC. Os dados coletados foram tabulados no programa GraphPad Prism 6.1, empregando-se o teste t de Student. O presente estudo faz parte de um projeto maior com praticantes de exercícios físicos em academias do município de Santa Cruz do Sul - RS, intitulado “Uso de suplementos alimentares na prática esportiva em academias: efeitos sobre a composição corporal, danos renal e hepático, acidose sanguínea, citotoxicidade e estabilidade genômica”, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNISC (parecer 2.020.170; CAAE: 66969817.0.0000.5343). Foram avaliados 91 indivíduos, de ambos os sexos, com idade mínima de 18 anos. Dos indivíduos avaliados, 33% faziam uso da suplementação alimentar, sendo que a maioria consumia Whey Protein (63%). Em relação aos danos no DNA, o índice e a frequência de danos foram significativamente maiores entre os indivíduos que faziam uso de suplemento alimentar em comparação aos que não consumiam (p=0,025 e p=0,011, respectivamente). Diante do resultado encontrado, de que houve maior índice e frequência de danos no DNA em indivíduos praticantes de academia que faziam uso de suplementos alimentares, o presente estudo alerta para os riscos de causar danos ao material genético. Contudo, mais estudos são necessários para melhor entendimento dessa relação, uma vez que nenhum estudo relacionando suplementação e danos no DNA foi conduzido até o momento.


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