DOR LOMBAR EM PROFISSIONAIS DA ENFERMAGEM EM UM HOSPITAL DO VALE DO RIO PARDO - RS

Maiara Helena Rusch, Polliana Radtke dos Santos, João Francisco de Castro Silveira, Patrik Nepomuceno, Hildegard Hedwig Pohl

Resumo


 A dor lombar é um considerável problema de saúde pública, sendo um dos sintomas mais prevalentes entre os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho. Existem diversos fatores que podem estar relacionados a etiologia da lombalgia, dessa forma, este é um transtorno multifatorial, que afeta grande parte dos trabalhadores. No âmbito hospitalar, enfermeiros e técnicos de enfermagem relatam dor lombar com bastante frequência.  A sobrecarga funcional relativa ao trabalho destes profissionais, pode ser um dos principais motivos que desencadeiam a lombalgia. O objetivo foi verificar a relação entre a unidade de atuação e o turno de trabalho com a presença de dor lombar em trabalhadores da enfermagem de um hospital da região do Vale do Rio Pardo, no Rio Grande do Sul. Consiste em um estudo de natureza transversal e descritiva, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Santa Cruz do Sul (CAAE nº 99490918.4.0000.5343), abrangendo profissionais de enfermagem que atuam em unidades abertas (enfermarias adulto e pediátrica, maternidade e ambulatório) e fechadas (unidades de terapia intensiva neopediátrica e adulto, centro cirúrgico e obstétrico), no período diurno em um hospital da região do Vale do Rio Pardo, no Rio Grande do Sul.  Para início da coleta de dados, foi realizado contato com o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho do hospital. Os sujeitos participantes deste estudo foram submetidos a um questionário referente a dados de identificação e presença de dor lombar. Para a análise foi utilizado o software SPSS 23.0 e realizada estatística descritiva (frequência, percentual, média e desvio padrão) e, para comparação entre grupos (turno e unidade de trabalho), o Teste do Qui-quadrado de Pearson, considerando significância a<0,05. A amostra do estudo foi composta por 138 indivíduos, sendo prevalente o sexo feminino (96,3%). Destes, 70 (50,7%) atuavam em Unidades Abertas, e 68 (49,3%) em Unidades Fechadas. Dentre estes indivíduos, 116 eram técnicos de enfermagem (84%), 19 enfermeiros (13,8%) e 3 residentes (2,2%). Quanto ao turno de trabalho, 73 (52,9%) desempenhavam suas funções no período da manhã e 65 (47,1%) no da tarde.  A média de idade dos indivíduos foi de 34,1±10,5. Em relação a presença de dor lombar 97 (70,3%) apresentavam sintomas, enquanto apenas 41 (29,7%) relataram não sentir dor. Ao comparar trabalhadores com e sem presença de dor lombar a partir da unidade de atuação e o turno de trabalho foi possível notar que não há diferença estatisticamente significativa entre os grupos (p=0,503 e p=0,217, respectivamente). Através deste estudo foi possível concluir que a lombalgia é uma queixa constante entre os profissionais da enfermagem, dos quais mais da metade relataram sentir dor. Além disso, foi possível perceber que não há diferença ao se comparar trabalhadores com e sem presença de dor lombar quanto à unidade de atuação e o turno de trabalho.


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