Este artigo intenta o estudo da violência simbólica de gênero com ênfase na violência estética diante da busca por um padrão de beleza social e culturalmente estabelecido. Com o auxílio do método dedutivo e do procedimento histórico-crítico, realizou-se inicialmente uma abordagem teórica e conceitual da violência simbólica e do conceito de gênero enquanto construção social. Adiante, observa-se que a violência simbólica de gênero internalizada na sociedade prescreve, além um modo de agir e pensar às mulheres, um padrão de beleza cultural e socialmente tido como ideal, o que ocasiona além dos danos físicos e danos da violência estética, danos decorrentes da violência simbólica de gênero, questionando-se assim se as mulheres são exclusivamente vítimas de tal violência ou eternas reféns de sua própria vaidade. A partir do exemplos e casos concretos apresentado no texto, percebe-se que para o enfretamento à violência simbólica de gênero é necessário um movimento coletivo apto a romper com o próprio sistema de dominação que perpetua tal violência e outros tipos de violência decorrentes desta.