BLACK MIRROR E A UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA EM FAVOR DO EXTERMÍNIO: uma análise do episódio “engenharia reversa” à luz da biopolítica

Julia de David Chelotti

Resumo


O objetivo do presente trabalho é propor um diálogo entre a ficção e a realidade a partir dos aportes teóricos da biopolítica. Para tanto, analisa o episódio “Engenharia Reversa” do seriado britânico Black Mirror e como a obra fictícia aborda o uso da tecnologia para o extermínio, discriminação e exclusão de seres humanos, retratados como “baratas”. O trabalho adota como procedimentos técnicos as pesquisas bibliográfica e documental e opta pelo método dialético, buscando identificar os elementos biopolíticos presentes na distopia fictícia para responder ao questionamento: quais os limites da atuação biopolítica do Estado e como este poder pode ser potencializado pelo uso das tecnologias? A fim de obter respostas, utilizar-se-á como referencial teórico as contribuições de Michel Foucault e Giorgio Agamben, cuja produção teórica servirá de pano de fundo para discutir, ao fim, a necessidade de reconhecimento do outro para evitar que o Estado, a sociedade e o direito recepcionem práticas de exclusão e extermínio potencializadas pelo uso da tecnologia.

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